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Chico da Ladeira, lendário compositor da Flor do Samba, morre aos 70 anos

Chico da Ladeira, nos últimos anos, gostava de publicar artigos, poemas e crônicas nas páginas do Jornal Pequeno


O compositor e poeta popular Francisco de Assis Vieira, mais conhecido como Chico da Ladeira, faleceu em São Luís, na madrugada deste sábado (24), vítima de uma grave infecção renal. Ele tinha 70 anos de idade e estava há três semanas internado no Hospital das Clínicas, no Angelim.
Famoso por conta de um de seus maiores sucessos, ‘Haja Deus’, samba-enredo da Flor do Samba no Carnaval de 1979, Chico da Ladeira, de acordo com informações de familiares fumava muito, o que lhe acarretou efisema pulmonar e insuficiência cardíaca. Era também diabético e sofreu infecção nos rins, que avançou para uma infecção generalizada, com falência múltipla dos órgãos.
O velório aconteceu durante toda a manhã na quadra da Flor do Samba, no tradicional bairro do Desterro, e o sepultamento foi realizado por volta das 17 horas, no Cemitério do Gavião, na Madre Deus.
Chico da Ladeira nasceu em São Luís no dia 6 de dezembro de 1949. Ele só tinha um filho, Francisco de Assis Vieira Júnior, de 32 anos, com quem morava na Rua Antônio Rayol, subindo a ladeira tangente à Fonte das Pedras.
Foi um grande compositor, que ajudou a Flor do Samba a conquistar vários títulos no Carnaval, posou ao lado de Garrincha para uma foto, e era capaz de fazer embaixadas com tampinhas, moedas e copos, não só para beber, mas para mostrar a todos os malabarismos que os artistas maranhenses fazem para sobreviver e serem notados.
Nos últimos anos, Chico da Ladeira dizia que tinha a ideia de publicar um livro, intitulado “O arquiteto da saudade”, com uma coletânea de seus artigos, poemas, crônicas e sambas-enredos. No dia 14 de fevereiro de 2012, escreveu no Jornal Pequeno um artigo com o título ‘Haja Deus Quanta tristeza!’. Será que terei que virar pó para que a cultura me respeite? Na época, esse foi o desabafo de um dos maiores compositores deste Estado, já afetado pela doença e pelo abandono.
Ele dizia que recebeu o apelido da tia Dodoca. Em 1979, em parceria com Augusto Maia, compôs um samba bastante difundido como ‘Haja Deus’, considerado um hino da Escola Flor do Samba.

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