Bira afirma que sonha fazer de São Luís uma cidade mais humana, mais bela e mais justa
Investido em seu primeiro mandato de deputado federal, Bira do Pindaré intensifica sua campanha nas ruas e redes sociais, como candidato do PSB à sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT). Antes da pandemia, ele deu logo o pontapé inicial de sua pré-campanha com o lançamento do movimento “Pense São Luís”.
Agora, candidato pra valer, ele anuncia propostas dizendo que quer fazer da capital maranhense uma cidade mais humana, mais bela e mais justa.
“A nossa campanha é como a nossa história de vida e trajetória política, pé no chão. Não fazemos propostas mirabolantes para resolver os problemas da cidade. Nossas propostas observam inclusive o quadro de crise econômica e de confiança política que assola o país. Não vendo ilusões”. À reportagem do Jornal Pequeno, Bira do Pindaré concedeu esta entrevista para falar de sua campanha e de suas propostas:
Jornal Pequeno – Quais as propostas mais importantes de sua plataforma de campanha?
Bira do Pindaré – Primeiro dizer que eu sou o Bira, candidato a prefeito de São Luís, a nossa vice-prefeita é a professora Letícia, nosso número é o 40 e queremos fazer de São Luís uma cidade mais humana, mais bela e mais justa.
O que nós temos para oferecer a São Luís é, além da experiência como gestor, experiência de vida. Conhecemos essa cidade não porque nos contaram, mas porque vivemos a realidade dela, a dor e a delícia. Eu sei o que é, por exemplo, pegar uma fila no sol quente no posto de saúde, atrás de uma consulta, e muitas vezes nem ser atendido.
JP – A saúde tem prioridade em seu plano de governo?
Bira – Sim. Então, começo falando das nossas principais propostas pelo fortalecer do Sistema Único de Saúde. O SUS é uma conquista do povo brasileiro, que se mostrou mais essencial que nunca com a pandemia do novo coronavírus.
Como prefeito de São Luís, teremos fortes investiremos nas Unidades Básicas de Saúde, vamos alavancar a chamada Atenção Básica, trazer os exames para dentro das unidades, e garantir que, por meio das agências Ganhe Tempo, as pessoas saiam das filas no sol quente e possam marcar exames e consultas no próprio celular ou em agências físicas distribuídas pela cidade.
JP – E para melhorar a questão educacional?
Bira – Na Educação serão as Escolas Dignas em toda São Luís, com estrutura adequada, laboratórios, horário ampliado, professores valorizados, esporte, cultura, e a introdução do segundo idioma. A inspiração vem do sistema Iema, que tive a alegria e honra de coordenar a implantação quando fui secretário do governo Flávio Dino.
Outra proposta de grande aceitação é o bilhete único ilimitado no transporte de ônibus, bem diferente do modelo restritivo de hoje. E, como precisamos pensar na mobilidade urbana de forma multimodal e defendemos os transportes de energia limpa, vamos construir, como prefeito da capital, 100 km de ciclovias.
JP – Como enfrentar a questão da violência e da criminalidade?
Bira – Não podemos esquecer da Segurança Pública, que é de competência do governo estadual e federal, mas que entendemos que começa com a qualificação da iluminação pública, da pavimentação e sobretudo com as oportunidades que oferecemos para a nossa juventude. Nosso governo vai olhar também para a Guarda Municipal, que será ampliada e vai priorizar as áreas das escolas, paradas de ônibus e postos de saúde.
Mais importante, vamos enfrentar uma das causas do problema da violência, com políticas para a juventude de estímulo ao emprego, focando na periferia da cidade, onde os jovens são as primeiras vítimas da criminalidade.
JP – Este seu programa de governo prevê a participação popular?
Bira – Nós temos um programa de governo robusto para todas as áreas, feito a muitas mãos, ouvindo a população nos bairros, ouvindo técnicos e especialistas, desde antes da pandemia. Convido a todos para acessar o programa nas nossas redes sociais.
Mas, o mais importante não são as propostas em si. O que deve valer para o eleitor são as garantias que os candidatos dão, com sua história de vida, para fundamentar o que propõem.
A nossa campanha é como a nossa história de vida e trajetória política, pé no chão. Não fazemos propostas mirabolantes para resolver os problemas da cidade. Nossas propostas observam inclusive o quadro de crise econômica e de confiança política que assola o país. Não vendo ilusões.
JP – O que dizer sobre estas pesquisas divulgadas agora?
Bira – Acreditamos que existem duas as pesquisas que importam: a que sentimos por onde caminhamos, em dezenas de bairros e somos sempre recebidos com muita esperança, carinho e declarações de apoio. E a pesquisa que reflete, de fato, a realidade: o voto na urna.
De resto o que a gente vê, claramente, é uso de pesquisas não como uma informação a mais para o eleitor, mas como algo que pode manipular o clima de opinião da população. Toda eleição é do mesmo jeito, mas pesquisa não ganha eleição. E como venho dizendo há anos, tem que se ter cautela com as pesquisas.
JP – Qual sua impressão sobre a atual fase da campanha eleitoral em São Luís?
Bira – Nesta eleição, os jogadores entraram em campo, mas a partida ainda não está definida. Penso que o eleitor, diante de tantas candidaturas, ainda está analisando o quadro geral. Não acredito, sinceramente, que esse cenário, que parece estático, vá se prolongar até o dia do cidadão depositar o voto dele na urna. Em São Luís, não adianta ficar no clima de ‘Já ganhou!’. Eleição é definida no dia e a reta final será decisiva.
JP – Há um risco de a fase final da campanha ser marcada por agressões, baixarias e fake news?
Bira – Nós primamos pelo respeito acima de tudo. Adversários políticos devem ser tratados com respeito. Sempre agi assim durante toda a minha vida pessoal, profissional e política. Críticas duras sim, mas com responsabilidade, verdade e sem desqualificar pessoalmente o outro. E, principalmente, nunca ofender os eleitores e as eleitoras.
Esse começa não criando, nem espalhando baixarias e fake news. Óbvio que, quando verdades vêm à tona, quem é flagrado vai dizer que está sendo agredido. O eleitor e a eleitora de São Luís precisam se manter atentos e atentas para distinguir o joio do trigo, e também para enxergar os candidatos que são lobos em pele de cordeiro.
JP – O cenário indica mesmo um segundo turno?
Bira – Certamente teremos segundo turno. Não acredito que tenha eleição ganha em nossa capital. O eleitor e a eleitora em São Luís são conscientes e vão escolher com cautela. Acredito nisso. E tenho fé que saberão escolher o melhor para a nossa cidade, o melhor para fazer de São Luís uma cidade mais humana, mais bela e mais justa.
JP – Qual sua análise sobre a administração do prefeito Edivaldo, nestes dois mandatos à frente da Prefeitura de São Luís?
Bira – Temos respeito pela gestão do prefeito Edivaldo, que deixa o seu legado a frente do executivo municipal. Como prefeito de São Luís, tudo que estiver em pleno funcionamento, daremos prosseguimento. Mas acreditamos que é preciso ir além.
Mudar, avançar, construir: faremos um choque de gestão na capital. Isso começa pela ampliação da participação popular, com a paridade entre homens e mulheres, e com as Parcerias Público-Comunitárias (PPC).
JP – Que influência podem ter nestas eleições em São Luís figuras como Lula, Sarney, Bolsonaro, Flávio Dino e o prefeito Edivaldo?
Bira – Possuem pesos muito diferenciados, mas ao longo dos anos o que testemunhamos é que o eleitor e a eleitora de São Luís fazem jus ao título de Ilha Rebelde. E isso é bom, porque mostra que o eleitorado é mais crítico, que gosta de conhecer as propostas e a história de vida do candidato para decidir em quem depositar o seu voto.
Para além disso e de modo geral, em eleições municipais o cálculo do eleitor costuma ser bem específico, se busca a solução para os problemas da rua, da cidade, do abastecimento de água; e não podemos negar que há limites para a nacionalização do pleito.
JP – Qual sua opinião sobre as alianças que os outros candidatos estabeleceram para estas eleições?
Bira – Algumas alianças surpreenderam negativamente, porque misturaram alhos com bugalhos no espectro político. E não se pode negar que haverá um preço e que em algum momento esse preço será pago por aqueles que entendem que as alianças valem mais pelo tempo de TV que carregam do que pelas afinidades ideológicas e projetos para a cidade.
Tenho certeza que o eleitor saberá distinguir quem faz política com ideais e coerência, daqueles que tentam borrar as fronteiras em nome de interesses privados. Nessa eleição estamos vendo de tudo um pouco. Têm bolsonaristas enrustidos, envergonhados; tem esquerda de situação; e sobretudo aliança por conveniência. Penso que deveriam jogar transparente com o eleitor. Falando de mim, me sinto confortável onde estou, alinhado verdadeiramente com o campo a qual sempre pertenci e pertenço. Sou e sempre do lado do povo, das causas populares, da luta por justiça social. Sem enfeite, sem oportunismos, e sem invenções fantasiosas.
JP – Que reflexos estas eleições em São Luís poderão ter na sucessão do governador Flávio Dino, em 2022?
Bira – Difícil e prematuro dizer, antes da proclamação do resultado. Naturalmente terá reflexos na sucessão estadual, e pode apontar algo sobre a conjuntura nacional. De todo modo, é difícil e prematuro dizer qualquer coisa antes do resultado das eleições. Precisamos tratar cada coisa a seu tempo.
JP – Como pretende avançar com esta campanha nestes tempos de pandemia do coronavírus?
Bira – Continuar aquilo que já estamos fazendo: Seguir os protocolos sanitários recomendados pela Organização Mundial de Saúde e também os decretos do governador Flávio Dino. Graças a Deus, temos garantido uma campanha 100% ao ar livre, obedecendo o limite máximo de 100 pessoas, com o uso de máscaras, álcool em gel e etc. Estamos todos no mesmo barco e a saúde dos nossos militantes, equipes e apoiadores estão sempre em primeiro lugar.
JP – O que se pode acrescentar como considerações finais?
Bira – Antes de finalizar esta entrevista eu gostaria de dizer convidar os leitores do Jornal Pequeno a conhecer nossa história de vida e de luta, a conhecer a trajetória da vice-prefeita da nossa chapa, a professora Letícia Cardoso, e as nossas propostas.
Está tudo em nosso site de campanha www.biraprefeito40.com.br, mas adianto que as informações são públicas e não temos nada a esconder. Podem buscar por nós nas redes sociais e, também. no Google. Agradeço imensamente a toda equipe do Jornal Pequeno por essa oportunidade e parabenizo pelo trabalho e papel que cumprem nestas eleições.
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