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Márcio Jerry afirma que corrupção nunca foi uma preocupação do governo Bolsonaro

O vice-líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (MA), afirmou nesta quinta-feira (8) que as últimas movimentações do Planalto e as mudanças de opinião de Jair Bolsonaro (sem partido) quanto à Operação Lava Jato e mesmo sobre as recentes ‘práticas políticas’ do presidente deixaram claro que a corrupção nunca foi uma preocupação do atual mandatário brasileiro.
“Corrupção? Que nada, ele nunca se preocupou com isso, tanto que esbanja mamatas familiares e milicianas. Bolsonaro usou a Lava Jato, que se fez cúmplice dele por meio de Sergio Moro e Deltan Dallagnol, e agora diz que abusou”, afirmou o parlamentar.
Na quarta, durante uma cerimônia em Brasília, Bolsonaro afirmou que “acabou” com a Operação Lava-Jato porque “não tem mais corrupção” em seu governo.
A declaração foi uma resposta às críticas de aliados pelo fato de ele ter se aproximado de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) abertamente contrários à operação tocada pelo ex-aliado e ex-juiz da Operação, Sérgio Moro.
“Eu sei que isso não é virtude, é obrigação, mas nós fazemos um governo de peito aberto. Quando eu indico qualquer pessoa pra qualquer local, eu sei que é uma boa pessoa, tendo em vista a quantidade de críticas que ela recebe em grande parte da mídia”, declarou Bolsonaro.
VOLTA DA CORRUPÇÃO
Jerry avaliou que a declaração sobre a Lava Jato foi o suficiente para reacender o embate com seu ex-ministro da Justiça. Sem citar diretamente o mandatário, Moro afirmou que as tentativas de acabar com a operação significam a volta da corrupção e o “triunfo da velha política”.
“As tentativas de acabar com a Lava Jato representam a volta da corrupção. É o triunfo da velha política e dos esquemas que destroem o Brasil e fragilizam a economia e a democracia. Esse filme é conhecido. Valerá a pena se transformar em uma criatura do pântano pelo poder?”, escreveu o ex-juiz.
Segundo o vice-líder do PCdoB, a fala desta última quarta também contraria a relação de defesas já feitas pelo presidente durante a corrida eleitoral, em 2018. Na época, ele chegou a fazer diversos elogios públicos à Operação e a indicar, antecipadamente, Moro como seu ministro.
Em abril deste ano, no entanto, Moro rompeu com o governo e pediu demissão do cargo. Ao anunciar a saída, acusou Bolsonaro de interferir politicamente na autonomia da Polícia Federal, corporação responsável por operações como a Lava Jato.

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