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Madeira diz que a força das novas ideias vai triunfar nestas eleições em São Luís

O juiz federal aposentado José Carlos do Vale Madeira, candidato a prefeito pelo partido Solidariedade, está convencido de que haverá segundo turno nas eleições deste ano em São Luís. E de que tem condições de ser eleito sucessor do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT):
“O eleitor tem percebido que a minha candidatura é o oposto da velha política, das amarrações partidárias caducas, dos herdeiros de sobrenomes, dos acordos espúrios para vencer a eleição”, afirma Madeira.
Para ele, “as verdadeiras novas ideias triunfarão sobre a velha política que hoje, ironicamente, se veste de nova. Confio na força das nossas lideranças comunitárias, em homens e mulheres da periferia e da zona rural e na militância digital, que nos levará ao segundo turno”.
Para falar sobre as ideias e propostas que apresentará durante a campanha, Madeira concedeu esta entrevista:

Jornal Pequeno – Quais as propostas mais importantes que pretende apresentar nesta campanha?
Carlos Madeira – A prioridade na minha gestão vai ser a implantação, de imediato, de políticas públicas de justiça social, seguindo os preceitos da eficiência e da transparência plena no serviço público.
Todas as propostas de trabalho da nossa equipe estarão canalizadas para esse conceito, especialmente no que concerne às áreas de saúde, educação, segurança e desenvolvimento social.
JP – Como assegurar, por exemplo, melhorias na área da saúde?
Madeira – No campo da saúde, vamos concentrar investimentos na qualificação e valorização dos profissionais; e melhoria e ampliação dos serviços nas unidades básicas, com atenção especial aos bairros e à zona rural.
Na educação, o foco principal é a melhoria da qualidade do ensino e investimentos na oferta de vagas, na adequação dos prédios e na aquisição de equipamentos de qualidade, tudo isso visando um reposicionamento cada vez melhor nos indicadores.
Na área de segurança, vamos atuar em conjunto com o governo estadual e em programas de parceria com o governo federal para inibir a violência nos bairros de São Luís.
As políticas de desenvolvimento social estarão presentes nas ações e projetos de todas as secretarias municipais. Ou seja, não serão mais ações isoladas, desconectadas do conjunto de prioridades da prefeitura. Entendemos que esse é o caminho inicial para transformar São Luís.
JP – Qual sua impressão sobre as pesquisas divulgadas até agora?
Madeira – Acredito muito mais na ciência do que no palpite precipitado dos estatísticos. A campanha não começou ainda. O que se viu até agora foi a projeção de nomes já conhecidos da política, que estão há anos em evidência e que, por isso mesmo, aparecem com certa facilidade quando são estimulados pelos entrevistadores. Mas ainda é cedo.
A campanha começa agora, com a exposição democrática de todos que disputam a Prefeitura de São Luís. Repito, tudo o que aconteceu antes é mero palpite – e veja que o meu nome, por algumas vezes, já apareceu entre os quatro primeiros colocados.
Mas tudo só ficará mais claro depois que a população começar a conhecer quem são os personagens que estão na disputa, nas entrevistas, sabatinas e debates, no confronto das ideias.
Esqueça tudo o que foi dito até aqui sobre eleição para a prefeitura. O que vai valer é de agora em diante, porque o eleitor vai começar a comparar a história de vida de cada um, as propostas de cada grupo, as alianças que foram feitas.
JP – Acredita que há de fato um favoritismo em torno do nome de Eduardo Braide?
Madeira – Não vejo favoritismo numa campanha que sequer começou, como disse antes. Não há razão para isso. Não há ninguém até agora com voto cristalizado, aquele voto em que o eleitor se coloca em posição irredutível, porque não há fatos que justifiquem isso.
O chamado recall é como uma bolha de sabão, e já vimos isso algumas vezes em eleições na capital maranhense. As bolhas murcham sob o sol forte de São Luís. É estupidez acreditar nessa teoria. Só as urnas, depois de abertas, dirão efetivamente quem é o favorito na eleição de 2020. O mais que falarem sobre isso é blefe.
JP – No seu modo de ver, há um cenário indicando um provável segundo turno?
Madeira – Não tenho a menor dúvida de que haverá segundo turno nas eleições deste ano em São Luís. O que não se sabe ainda é quem vai para o segundo turno. Acredito muito no nosso projeto, na confiança que o povo tem depositado nas nossas propostas para transformar a cidade.
O eleitor tem percebido que a minha candidatura é o oposto da velha política, das amarrações partidárias caducas, dos herdeiros de sobrenomes, dos acordos espúrios para vencer a eleição.
O eleitor tem visto que não entrei na política para me servir dela. Ao comparar as velhas práticas políticas com as novas ideias, com uma biografia limpa, o eleitor, tenho certeza, vai nos levar ao segundo turno.
JP – Qual sua análise sobre a administração do prefeito Edivaldo, nestes dois mandatos à frente da Prefeitura de São Luís?
Madeira – Edivaldo Júnior deixa alguns legados, especialmente com obras de asfalto e drenagem. Mas a população, pelo que tenho ouvido por onde ando, avalia que ele poderia ter estado mais presente na cidade, no acompanhamento das obras, nos eventos públicos, no diálogo com o povo, na tomada de decisões. Mas é o perfil do atual prefeito.
A administração pode até ter feito mais coisas por São Luís, mas o prefeito, por essa ausência percebida pelo cidadão, talvez não tenha sabido capitalizar. O meu perfil é outro. Estarei com a minha equipe governando ao lado do povo, na periferia, na zona rural, dando continuidade aos projetos que não foram concluídos e iniciando novas obras e serviços.
JP – Que influência podem ter nestas eleições em São Luís figuras como Lula, Sarney, Bolsonaro, Flávio Dino e o prefeito Edivaldo?
Madeira – Teremos pela frente uma eleição atípica, muito diferente de pleitos anteriores em que o tempo mais elástico e os palanques influenciavam diretamente no voto do eleitor. O momento agora é outro. O tempo é mínimo e o eleitor já não acredita tanto em palanques, alianças, coligações, apadrinhamentos etc., porque tudo isso está muito associado à política que envelheceu e já não cabe no presente contexto.
O cidadão quer saber mais sobre a história de vida do candidato, sobre o que ele tem a oferecer para a cidade, do que se o candidato é apoiado por um político famoso, conhecido. Tenho dito que a minha única aliança é com o povo.
O povo é o único avalista da minha candidatura, o único padrinho da minha campanha. Não estou preso a ninguém nem sou refém da política. Tenho a liberdade para seguir a minha campanha eleitoral, da mesma forma que terei a liberdade para governar São Luís, sem compromissos com apaniguados.
JP – Qual sua opinião sobre estas alianças que os outros candidatos estabeleceram para estas eleições?
Madeira – Cada um se une àqueles com quem se identifica. É preciso que o eleitor compare as alianças e tire suas conclusões. Não posso julgar a aliança dos outros candidatos a prefeito de São Luís. Quem está julgando e comparando é o próprio eleitor, é o povo. Ele sabe de que lado está a nova política e de lado estão as novas ideias.
Utilizando as velhas práticas, fizeram de tudo para tirar da minha campanha o tempo de televisão, puxaram o tapete, conspiraram na calada da noite. Mas eleição, hoje, não se ganha mais assim. Ficamos com chapa pura. E acho que nada acontece por acaso. Apesar do pouco tempo de TV e rádio, não estamos sós. Estamos com o povo, graças a Deus, a nossa aliança mais fiel.
JP – Ao seu modo de ver, nestas eleições o eleitor dará mais chance à velha política ou a novas ideias?
Madeira – O mundo mudou. O eleitor não vai mais naquela onda da conversa fiada, das promessas mirabolantes, do bom-mocismo, do rostinho bonito, da falsa novidade.
O eleitor tem percebido em São Luís que há muitos candidatos com a mesma embalagem, o mesmo modelo de produto como se novo fosse, mas que no fundo são produtos antigos na prateleira, iguais, apenas com rótulos diferentes. Acredito que as verdadeiras novas ideias triunfarão sobre a velha política que hoje, ironicamente, se veste de nova.
JP – Que reflexos estas eleições em São Luís poderão ter na sucessão do governador Flávio Dino, em 2022?
Madeira – É possível que as eleições deste ano tenham de fato um reflexo nas eleições de 2022. Mas isso é uma pauta da velha política, daqueles que não estão preocupados efetivamente com São Luís. É um tema que definitivamente não me interessa.
A velha política age assim: trabalha a campanha de agora já de olho nas eleições para o governo estadual. Que futuro a nossa cidade pode ter nas mãos de quem pensa e age assim? Nenhum. É essa gente que o eleitor de São Luís quer como prefeito? Eu duvido muito.
A velha política está contaminada pelo conchavo, pelos interesses escusos, pelas negociatas de cargos. Para eles, a eleição de São Luís é só um degrau, um trampolim no carreirismo político. Eu prefiro me manter distante dessa discussão.
JP – Como pretende levar avante sua campanha nestes tempos de pandemia do coronavírus?
Madeira – Vamos continuar do mesmo jeito que iniciamos a nossa jornada, adotando todos os cuidados e respeitando as normas sanitárias, evitando aglomerações. A nossa convenção é um belo exemplo disso. Vamos buscar o voto do eleitor onde for possível, sem comprometer o nosso nome e sem colocar em risco a vida das pessoas.
Eu mesmo fui vítima da Covid-19, sei bem o que são os efeitos da doença e não desejo isso para ninguém. Graças a Deus já estou bem, e não quero que ninguém passe pelo que passei. Veja que durante o auge da pandemia fui um dos poucos a abandonar completamente a fase de pré-campanha.
Fiquei em casa com a minha família até a poeira baixar, seguindo as recomendações das autoridades sanitárias. A campanha agora contará com reuniões com pequenos grupos, gravações dos programas de TV e rádio, participação em entrevistas e debates e ações permanentes nas redes sociais. Confio na força das nossas lideranças comunitárias, em homens e mulheres da periferia e da zona rural e na militância digital, que nos levará ao segundo turno.

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