Aros olimpicos

Datas definidas, agenda e locais de competição confirmados e uma nova contagem regressiva de um ano prestes a começar no dia 23. Tudo parece estar nos trilhos para que a Olimpíada aconteça no ano que vem. No entanto, os Jogos de Tóquio ainda estão cercados de várias incertezas.

Desde que decidiram pelo adiamento, em março, por causa da pandemia do novo coronavírus, o Comitê Organizador e o Comitê Olímpico Internacional (COI) se viram às voltas com inúmeras questões envolvendo a realização dos Jogos. Quanto a mudança de data irá custar aos cofres japoneses e ao próprio COI, qual será o protocolo de saúde para receber atletas de todos os lugares do mundo e se as competições contarão com a presença de público são apenas algumas das muitas questões ainda a serem respondidas.

“Nós estamos enfrentando um desafio sem precedentes, esta é a primeira vez que os Jogos Olímpicos são adiados na história. A Olimpíada é o evento mais complexo de ser realizado no mundo”, afirmou Thomas Bach, presidente do COI.

“Temos de reunir 11 mil atletas de 206 diferentes comitês nacionais, e o time de refugiados do COI, em um só lugar. Não apenas para fazer esporte e mostrar sua excelência esportiva, mas também para viver junto na Vila Olímpica”, acrescentou o dirigente, que já estimou em R$ 4,74 bilhões os custos que a entidade terá de arcar por causa do adiamento.

Se no ano passado o início da contagem regressiva de um ano para os Jogos foi motivo de festa, atualmente a discrição deve dar o tom à data. “Um ano chega rápido. Entretanto, não acredito que as pessoas estejam ansiosas ou em uma atmosfera comemorativa, esperando pelo evento de um ano. Então, não somos da opinião de ter uma celebração muito extravagante ou que seja uma ocasião muito alegre. Acho que devemos evitar esse tipo de programa. Essa foi a ideia desde que o adiamento foi decidido”, declarou Yoshiro Mori, presidente do Comitê Organizador.

Mori tem motivo para pensar dessa forma. No início deste mês, uma pesquisa feita pela Japan News Network revelou que 77% dos japoneses acham que os Jogos Olímpicos de Tóquio não deveriam ser realizados em 2021. (BANDSPORTS)