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SKATE VIRA ‘FEBRE’ ENTRE MENINAS

A maranhense Rayssa Leal é atual vice-campeã mundial

Tradicionalmente praticado nas ruas – e na maioria por homens – o skate vive um novo momento no cenário esportivo mundial e com mulheres se destacando nas rampas de concreto. Segundo dados compartilhados pela Confederação Brasileira de Skate (CBSk),  8 milhões de pessoas praticam o skate no Brasil, sendo que 2 milhões são mulheres. O levantamento indica que houve crescimento da participação feminina de 75% nos últimos três anos.

E os reflexos disso já podem ser observados nos campeonatos organizados pela entidade. No Circuito Brasileiro de Skate de Park e Street (Oi STU QS) em 2018, 28% das participantes eram mulheres, já em 2019, o número aumentou para 31,7% (considerando universo total de 173 atletas, sendo 118 homens e 55 mulheres).

Skate para menores  – E foi justamente pensando em rejuvenescer e atrair a atenção dos mais jovens para os Jogos Olímpicos que o Comitê Olímpico Internacional (COI) incluiu a participação do skate no ciclo olímpico deste ano, em Tóquio, na categoria street e park.

Prática originalmente nascida na Califórnia na década de 60, o esporte caiu nas graças dos brasileiros nos anos 90 e atualmente é cada vez mais comum ver meninas adolescentes se destacando. Pâmela Rosa, atual campeã mundial na categoria Street e primeira colocada no Ranking, começou a praticar o esporte aos 9 anos de idade. Hoje, com apenas 20 anos, é um dos nomes mais cotados para representar o Brasil em Tóquio.

Quando começou a competir pra valer, as adversárias de Pâmela eram mais velhas e mais experientes do que ela. Isso mostra que até pouco tempo, não era fácil encontrar jovens meninas dropando por aí como acontece hoje em dia.

Outra menina prodígio do esporte é a Rayssa Leal, vice-campeã mundial na categoria Street e segunda colocada no Ranking, que fez história ao conquistar uma etapa da SLS (Mundial de Skate Street), se tornando a mais jovem atleta a conseguir esse feito, aos 11 anos, em julho de 2019. A atleta maranhense ficou conhecida como “Fadinha do skate” por praticar a modalidade usando roupas de fada com apenas 7 anos.

No Brasil, outras adolescentes passaram a se destacar no skate, como Virginia Fortes Águas (13 anos, 10ª colocada no Ranking Mundial Street), Isabelly Ávila (15 anos, 16ª colocada no Ranking Mundial Street), Victoria Bassi (12 anos, 21ª colocada no Ranking Mundial Park) e Raicca Ventura (12 anos).

Para Pâmela, Rayssa e demais atletas que seguem participando de competições e pontuando no Ranking, a classificação para Tóquio é a grande meta a ser atingida.

Manezinha da Ilha e do Skate – Mais uma prova de que o skate tem feito parte da vida de meninas cada vez mais cedo é a história da garotinha Emily Antunes, de 10 anos, que foi incentivada por sua tia Solange a se aventurar em cima da prancha com rodinhas. Caçula da família, ela gostava de andar de skate com os dois irmãos, mas não tinha o seu próprio “brinquedo”, até ser presenteada pela tia. A paixão cresceu e hoje, aos 19 anos, ela é um dos nomes de destaque em Florianópolis.

Skate brasileiro nos Jogos Olímpicos  – São duas as categorias do skate que estarão em disputa na competição. O street, que é disputado em uma pista que simula obstáculos de rua – escadas, corrimões e rampas – e o park, que acontece em uma pista em formato de bowl onde o atleta precisa enfrentar transições acima de três metros, banks e alguns elementos de street, sendo que os obstáculos “interagem” entre si, ou seja, o skatista consegue completar uma manobra e entrar em outra transição para emendar outras.

Ao todo, serão disponibilizadas 80 vagas, (40 para cada gênero) e 20 para o park e outras 20 para o street. Para cada evento, será alocada uma vaga para o país-sede (Japão), totalizando quatro, e três vagas para os medalhistas dos Mundiais de cada categoria em competições ainda sem data e local definidos em 2020. As 16 vagas restantes serão repartidas via ranking olímpico de 1º de junho de 2020, sendo obrigatória a participação de atletas de todos os continentes.

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