Waldir Maranhão teve trajetória errática
A vida partidária de Waldir Maranhão (PP-MA), 60, reflete uma trajetória errática na política. Desde os anos 80 já passou por três siglas antes de chegar, em 2007, ao PP (Partido Progressista): PDT (1985-1986), PTB (1988-2005) e duas vezes PSB (1986-1988 e 2005-2007).
Sua adesão ao poderoso grupo político da família Sarney no Maranhão sofreu uma reviravolta nos últimos seis anos. De aliado próximo passou a apoiador do principal adversário político da família, o atual governador Flávio Dino (PCdoB).
A relação do deputado com os Sarney começou a mudar em abril de 2010. No ano anterior, no seu primeiro mandato como deputado federal, Maranhão atendeu a um convite da governadora Roseana Sarney (PMDB), tirou uma licença da Câmara e assumiu o cargo de Secretário de Estado de Ciência.
Sua passagem no Executivo foi curta: tomou posse em maio de 2009 e deixou o cargo em abril de 2010, anunciando a disposição de se candidatar à reeleição na Câmara.
O rompimento com os Sarney ficou explícito na campanha eleitoral de 2014, quando levou o PP para os braços de Dino.
Maranhão presidiu o diretório estadual do partido até o último dia 17 de abril, quando votou contra o impeachment de Dilma Rousseff em desacordo com a orientação do partido.
No dia seguinte, o presidente nacional da sigla, o senador Ciro Nogueira (PI), determinou uma intervenção no diretório estadual.
Enquanto experimenta os holofotes, o deputado também enfrenta seus piores momentos na área penal. É alvo de duas investigações no STF: uma derivada da Lava Jato e outra para apurar suposto envolvimento com o doleiro Fayed Traboulsi.
Não há denúncia formalizada sobre o assunto, que segue sob apuração da Polícia Federal e da PGR (Procuradoria Geral da República). (Folha de SP)
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