Waldir Maranhão, o fantasminha, é coisa nossa!
Por Ricardo Noblat
À jabuticaba, e a mais duas ou três coisas que só por aqui existem, irá juntar-se a partir de agora a figura do interino do interino. Ou melhor: do sub do sub.
Trata-se de algo recém-inventado pela inesgotável capacidade criadora dos nossos políticos de não resolver problemas, resolvendo-os quando é possível, embora a seu modo.
Uma vez que o Supremo Tribunal Federal suspendeu o mandato de deputado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a presidência da Câmara ocupada por ele ficou vaga. Mas não ficou.
Cunha recusa-se a renunciar a ela. Por isso o primeiro vice-presidente, Waldir Maranhão (PP-MA), passou a responder pela presidência da Câmara na condição de interino. Ou de sub.
Mas como ninguém, ali, o leva em conta, Maranhão resignou-se, na prática, a abrir mão da presidência em favor do colega Giacobo (PR-PR), o segundo vice-presidente. Ou o sub do sub.
É Giacob quem preside as sessões. E é ele quem fica colado em Maranhão durante as reuniões de líderes. Maranhão finge que governa a Câmara. Seus pares fingem que são governados por ele.
Maranhão desfruta de todas as mordomias do cargo. Cunha, também. E assim, salvo um imprevisto, a Câmara disporá até o fim do ano de dois presidentes e de um sub no exercício do cargo de sub.
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