Voto secreto é esconde-esconde de cachorro grande
Enquanto população e políticos apoiam naturalmente o voto aberto em todas as instituições, clamando pela tão almejada transparência, eis que em Caxias a coisa vai pela contramão. Na sessão de segunda-feira (31/08) da Câmara de Vereadores, foi levantada a possibilidade da volta do voto secreto, a ser votada nesta quarta-feira (2).
Será que os edis já se esqueceram de época não tão distante, quando a nobre casa ainda trabalhava com voto secreto? O que dizer, então, da campanha para a mesa diretora, que visava eleger para a presidência o vereador Antônio Luís? Acordos fechados, intenções de votos apuradas. Era certa a vitória, mas não aconteceu. Acreditem, por um voto.
Como o voto era secreto, ninguém soube direito quem foi o dissidente, mas quem levou a culpa mesmo foi o vereador Bezerra. Disseram que ele era um traidor, um vendido e coisas desse quilate. Não apenas a ele dirigiram impropérios, mas à família e aos amigos. Apenas quem já foi acusado injustamente sabe a dor de ser tachado de picareta sem sê-lo.
Apuração, investigação. Bingo!
Bezerra não ficou imóvel, foi atrás para saber quem, na verdade, tinha traído a confiança de um grupo. Como nenhum crime é perfeito, assim como nenhuma barba é composta de pelos do mesmo tamanho, finalmente, descobriram quem fez a sacanagem.
Quem ganha, quem perde?
No tempo em que o episódio aconteceu, o voto era secreto na Câmara dos Vereadores. Lembremos que esse episódio se passou na época da gestão de Ezíquio Barros.
Quem perde com o voto secreto não são só os vereadores, mas a população. A transparência deve vir acima de tudo, pelo bem dos caxienses.
Fica a dica
Nesta quarta-feira (2), a população deveria se reunir na Câmara de Vereadores de Caxias e pressionar os nobres políticos a não caírem nessa perigosa armadilha chamada voto secreto.
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