Vinda de Dilma ao Maranhão é insignificante
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A presidente Dilma Rousseff, do PT, estará nesta segunda-feira no Maranhão. Foi aqui, convém lembrar, que Dilma registrou a maior votação proporcional no país. A petista conseguiu 78,76% dos votos. Mesmo com toda essa avalanche de votos, Dilma, insensível, sequer agradeceu a confiança dos maranhenses depois da eleição.
Agora, quando alcança o pior índice de rejeição entre todos os presidentes, Dilma vem ao Maranhão, em busca de alívio, amparo e apoio diante do caos que se transformou sua gestão.
No auge do seu governo, quando desfrutava de altos índices de popularidade, o estado era esquecido por Dilma. Ela sequer colocava os pés aqui. O Maranhão era como se não fizesse parte do mapa do Brasil, tamanho o desprezo da presidenta.
Diante de todas as dificuldades enfrentadas por um estado miserável que ostenta os piores indicadores sociais, não há grandes obras do governo federal por aqui. Levando em conta essa variável, fica o desafio: alguém citar uma obra estruturante, de grande impacto na vida da população maranhense implantada no governo Dilma. Simplesmente não há – a não ser os programas sociais que existem em todo lugar do país.
Em cinco anos do seu desastroso e trágico governo, Dilma liberou recursos insuficientes para investimentos em mobilidade urbana, saúde, educação e segurança no Maranhão.
Em outras capitais do nordeste, a título de comparação, foi enviado dinheiro para implantação de BRTs e VLTs, instalação de corredores de ônibus, construção de creches, grandes hospitais, viadutos e pontes. São Luís, em contrapartida, foi preterida pela petista. O prefeito Edivaldo, que a apoiou, sequer conseguiu a viabilização de recursos para a continuação do VLT. O projeto está em Brasília aguardando a boa vontade da presidenta. Rousseff também colocou na gaveta o projeto de construção do Corredor de Transporte Urbano de São Luís, que beneficiaria em grande escala a mobilidade da cidade.
Até as obras de duplicação da BR-135 pararam e a refinaria Premium de Bacabeira foi para o espaço.
No aspecto político, Dilma Rousseff e seu partido, o PT, também cometeram grande equívoco. Estiveram do lado do atraso, junto do grupo Sarney, responsável por levar o Maranhão ao atraso e colocá-lo no fundo do poço. Rejeitaram Flávio Dino e toda oposição. Agora, em situação inversa, Dilma vem de encosto se agarrar em Dino, que terá atrelado a si a imagem dilacerada da pior presidente da nação.
Infelizmente é com esse cenário pantanoso e essa dívida imensa com os maranhenses que a presidente Dilma aporta no Maranhão. E o pior de tudo: ela não virá com boas novas na bagagem, nada de grande plano para combater as desigualdades sociais, nada de fomento para elevar os indicadores socioeconômicos, nada de dinheiro para tirar o estado da miséria, nada de recursos para obras de envergadura em infraestrutura, saneamento, agricultura e nada de ajuda para combater a falta de segurança.
Ou seja, numa análise realista dos fatos, era melhor que Dilma nem viesse ao MA, falta nenhuma não faz.
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