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Vereadores protestam contra proposta de aumento de tarifa de água em até 86,9% e afirmam que entrarão na justiça

Os vereadores Ivaldo Rodrigues (PDT) e Batista Matos (PPS) ocuparam a tribuna da Câmara Municipal, nesta segunda-feira (17), para protestar contra a proposta de reajuste de até 86,9% nas tarifas de água e esgoto que a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), por meio do governo do Estado, quer aplicar aos consumidores maranhenses.

“A Caema é uma fraude, presta um péssimo serviço à cidade e isto é unanimidade entre a população. Por esse motivo, nós não podemos nos calar e concordar com mais esse absurdo”, afirmou Ivaldo Rodrigues. Existem duas propostas de reajuste para usuários dos serviços da Companhia: a primeira, a menor delas, aumenta a tarifa para 72.4 por cento (consumidor residencial no menor nível); e a segunda, aumenta para 86.9 por cento.

Da tribuna, Rodrigues conclamou todos os vereadores para que fosse formada uma frente parlamentar contra, segundo ele, o aumento “arbitrário” proposto pela Caema – através do governo do Estado – aos consumidores da capital. “Além disso, de antemão informo que vamos acionar uma banca de advogados para que, através de uma ação civil pública, possamos impedir esse devaneio e essa irresponsabilidade do governo de forma que se faça justiça com a população de São Luís”, ressaltou.

Em ação conjunta com Ivaldo Rodrigues, o vereador Batista Matos disse que será feito uma abaixo-assinado na praça Deodoro para recolher assinaturas da população contra a proposta de aumento da tarifa por parte da Caema. Ainda de acordo com ele, por meio de uma banca de advogados, darão entrada na Justiça contra o reajuste.

“Em setembro, durante o aniversário de São Luís, fiz um discurso na tribuna pedindo o fim do racionamento de água e a governadora, de forma errônea, acabou entendendo aumento. Há mais de 20 anos a população passa por esse sofrimento, água dia sim, dia não. Portanto, o povo não quer aumento, e sim o fim do racionamento”, asseverou Matos.

O vereador observou ainda que o governo do Estado entra em contradição quando diz que o aumento vai melhorar os serviços. “Soube que houve uma redução do déficit de R$ 49 milhões para R$ 19 milhões e também que foi aumentada a arrecadação de R$ 10 milhões para R$ 14 milhões com serviços de hidrômetro e diminuição de vazamentos na rede. Se entrou este dinheiro todo, porque os serviços não melhoraram? O problema não é financeiro, mas falta a Caema maior apoio por parte do governo do Estado”, questionou.

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