Vereador Ricardo Diniz alerta para politização da greve dos professores
O vereador Ricardo Diniz (PCdoB) reiterou, em discurso proferido nesta terça-feira (24), a responsabilidade do prefeito Edivaldo em oferecer proposta de reajuste de 10,67% aos professores de São Luís, em meio a dificuldade financeira vivida pelos municípios. “Nessa hora é preciso ter flexibilidade, estamos diante de uma grave crise econômica no país, entendo que o prefeito está sendo responsável, o sindicato dos professores está pedindo 11,36% e o prefeito disponibilizou 10,67%, menos de 1% de diferença. Então está claro que não é uma questão salarial, já que a diferença é mínima”, afirmou Diniz.
Dois grupos disputam atualmente o controle do Sindicato dos professores de São Luís. Um é o da atual presidente, Elisabeth Castelo Branco; o outro é o do professor Antonísio Furtado, de postura mais radical e ligado a grupos de extrema esquerda. Uma eventual greve de professores nesse contexto seria motivada mais pela disputa interna e política entre os dois grupos do que pelo efetivo interesse em garantir direitos e bons salários aos professores.
De acordo com Ricardo Diniz, o que se observa dentro do sindicato dos professores de São Luís é uma politização. “São pessoas lutando para estarem à frente desse sindicato e aí ficam jogando pedra em A, B e C. Eu sou professor e aí vem o questionamento, e como fica as outras classes? Está havendo queda no orçamento. É claro que se fosse possível se dava reajuste de 20%, 30%, 40%”, disse o vereador.
O parlamentar comunista alertou ainda que uma greve prejudicará milhares de estudantes da rede pública de ensino da capital. “Os nossos alunos terão um problema que vai influenciar no futuro das suas vidas. Portanto, estou sendo coerente, racional, é bom lembrar que a gestão anterior arrasou com a educação”, finalizou.
Ao longo da gestão Edivaldo, o aumento salarial oferecido aos professores já soma 28,43%. Foram 9,5% em 2013, 5,9% em 2014 e 13,67% em 2015. O acumulado dos últimos três anos é superior tanto ao reajuste do salário mínimo quanto à inflação.
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