Vereador diz que criança teve braço amputado por negligência em Coroatá: “O Ricardo Murad faz propaganda enganosa”
O vereador de Coroatá, Cássio Reis (PSDB) voltou a criticar na sessão da Câmara Municipal desta sexta-feira (10) o descaso na saúde no Estado. Ele denunciou que um bebê morreu e outro teve o braço amputado por negligência no Hospital Macrorregional, sob responsabilidade do governo estadual.
O parlamentar disse que se encontrou com a senhora Jaiciele Farias em Pedreiras, a qual contou que, após dá a luz a gêmeos prematuros (sete meses), foi transferida com os seus bebês para o Hospital Macrorregional de Coroatá, por não haver leito neonatal no município de origem. Após seis dias de internação Jaciele recebeu a triste notícia de que uma de suas filhas faleceu sob os cuidados médicos da equipe.
Já a outra criança continuou internada por mais alguns dias e acabou adquirindo uma infecção, o que infelizmente resultou na amputação de um dos braços.
O parlamentar oposicionista registrou em seu pronunciamento que o Hospital Macrorregional de Coroatá é o que mais recebe recursos financeiros da Saúde em todo o estado e, mesmo contando com um pouco mais de 400 funcionários (superior a sua real capacidade), oferta, segundo ele, um serviço de qualidade duvidoso.
“O hospital não possui quantidade de leitos suficientes para o atendimento à população coroataense. É lamentável ver o secretário de estado de Saúde, deputado Ricardo Murad, usando de propaganda enganosa, sobrevoando de helicóptero o município de Coroatá quase que diariamente, fazendo política com a saúde e enquanto isso a nossa gente está morrendo, o que poderia ser evitado com o investimento necessário no setor”, disse o vereador, que continuou:
“Solicito às autoridades competentes e ao Ministério Público que tomem providências cabíveis antes que outras vidas sejam prejudicadas ou ceifadas impunemente”, afirmou Cássio Reis.
O vereador relatou que o Hospital Macrorregional de Coroatá tem apresentado casos vergonhosos de mortes ou erros que poderiam ser evitados. “No Macrorregional foi gasto mais de 4 milhões em mais de 3 anos de reformas, sendo reinaugurado apenas durante as campanhas eleitorais de 2012, na qual a esposa do secretário, Teresa Murad, era candidata, hoje ela é prefeita no papel, mas de fato quem dita as ordens é o seu esposo e secretário de saúde”, alfinetou o vereador.
A denúncia na tribuna causou indignação também entre os vereadores Marcelo Moura (PTC), Lourdinha Pereira (PCdoB) e Juscelino (PT).
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