Vereador de São Luís diz que população está “servindo de cobaia barata” para vacina contra a Covid-19 e é desmentido por colega
O vereador Francisco Chaguinhas (Podemos) defendeu a vacinação contra a Covid-19, em discurso na tribuna da Câmara Municipal de São Luís, na sessão desta quarta-feira (16). Ele afirmou que a vacina é experimental e criticou empresas farmacêuticas que estariam apenas lucrando com produção.
“A vacina é bem-vinda quando ela estiver adequada para vacinar o povo brasileiro. Estão brincando com a saúde da população. Estamos servindo de cobaias baratas. A ciência produziu a vacina, mas não o remédio para combater os efeitos colaterais que ela causa. É tudo mercadológico. Pessoas que não têm responsabilidade com a vida humana”, enfatizou o vereador.
Em seu discurso, Chaguinhas também criticou a imprensa e o capitalismo. Sobre este último, disse que esse sistema prejudica a saúde, a educação e impacta negativamente na promoção das políticas públicas.
Na ocasião, o vereador Gutemberg Araújo (PSC), que também é médico, se manifestou sobre as falas de Chaguinhas. Pontuou que as vacinas são a salvação da humanidade e lembrou os já conhecidos imunizantes contra a varíola, hepatite C, gripe e outros.
“As vacinas passam por um controle rigoroso. São quatro fases, até que sejam colocadas para a população. Evidentemente, não há vacina perfeita. Ela não dá imunidade plena, mas faz com que a pessoa melhore sua imunidade e que, caso tenha a doença, seja em menor intensidade. Todas têm efeito colateral e podem gerar algumas situações clínicas, mas, quando se coloca na balança o risco e o benefício, este último é maior”, pontuou o parlamentar.
O vereador Gutemberg ressaltou ainda o reconhecimento que deve ser dado às vacinas. “Temos que reconhecer essa importância, pois, mesmo as pessoas vacinadas venham a ter a Covid-19, terão com menos intensidade. Mesmo a Ômicron, que tem manifestação muito grande, em termos de intensidade e casos de internação é muito menor”, informou.
O conteúdo deste blog é livre e seus editores não têm ressalvas na reprodução do conteúdo em outros canais, desde que dados os devidos créditos.