Vereador diz que jornalista faltou com a verdade em matéria do Estado do Maranhão
Por Chico Viana (médico e vereador de São Luís)
O jornalista Mário Carvalho, por quem, até agora tive uma razoável consideração faltou com a verdade na matéria em que produziu para o Estado do Maranhão de hoje (5).
No corpo de uma matéria sobre assuntos lá não foram tratados como a criação de uma lei que condicionaria a nomeação dos Secretários Municipais, a uma prévia aprovação pela Câmara Municipal, o que é um despautério, propondo, “mutato mutantis”: o absurdo de o Presidente da República e Governadores fossem subtraídos no seu direito de nomear seus auxiliares diretos e os transferisse para o legislativo.
No corpo do texto, sem nenhum nexo, ou relação com a com a matéria a que se propôs elaborar, deu a seguinte informação:
“Chico Viana (PSDB) questionou o papel da Câmara, ressaltando que o Legislativo acaba não pressionando os secretários e que o próprio prefeito Castelo faz o que quer. A vereadora Rose Sales rebateu dizendo que o parlamentar não pode falar em nome dos demais vereadores, sendo apoiada pelo presidente Pereirinha. “Concordo com a vereadora, pois a colocação do vereador Chico Viana é individual e ele não pode falar em nome do conjunto do parlamento”, criticou o dirigente da Mesa Diretora.”
Aconteceu justamente o contrário. Eu reclamava do embaraço que o Prefeito vem tendo há 2 anos e 9 meses para iniciar a construção do Hospital Central de Emergência, e a Via Expressa, uma obra predatória, haver sido iniciada em menos de um mês de sua proposição.
Reclamei da omissão do MP e das instituições que cuidam do meio ambiente e do patrimônio histórico que se omitem quando se trata de interesses estaduais e são expeditos quando, por exemplo, o município se dispõe a construir o Hospital, ou aumentar a Av. Litorânea até ao Araçagi, por exemplo.
Cobrei da Câmara uma postura em defesa do cidadão de São Luis, independente de cores partidárias ou paixões políticas, afirmando que a bancada maior que deveria lá haver ela a bancada do cidadão que lá nos colocou.
E que nós deveríamos fazer uma “mea culpa” e não ficar evocando as relações entre o Poder Executivo e o Legislativo Municipal, como a afirmação recorrente que se faz, debitando o desgaste da imagem da Câmara perante à comunidade às dificuldades que são interpostas na relação com o Poder Executivo.
A degradação dos manguezais que havia visto uma hora antes, na Av. Carlos Cunha ao lado do Jaracati e o fato de o Prefeito ter que todas as vezes ir às instâncias superiores para conseguir liberar alguma obra, como foi o caso da cassação da liminar que impedia o prosseguimento da licitação para o Hospital Central de Emergência, originada do TCE, me fez questionar na tribuna por que a apatia da Câmara Municipal em assuntos tão importantes e vitais para a vida da cidade.
O jornalista dolosamente trucou tudo. Imagine eu criticando o Prefeito e a vereadora Rose Sales dizendo que eu não aceitava as críticas e que eu falava eu seu nome, ela que sempre foi uma implacável opositora do Prefeito Municipal. O que o presidente Pereirinha afirmou foi que não entraria e nem tomaria partido nesta dissenção entre o Governador e o Prefeito, não se referiu em nenhum momento ao propósito de modificar a Lei Orgânica para que os Secretários só fossem nomeados pelo Prefeito, se a Câmara desse a aprovação.
Como jornalista, não posso considerar que tamanha distorção possa ser justificada como um simples mal entendido. Foram afirmações levianas, que desmerecem o exercício ético de uma profissão tão nobre, que deveria ser exercida com honradez e boa fé.
Uma lamentável e triste decepção. (Sem correção)
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