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Vargem Grande sente novo tremor de terra, diz UNB

Casas sofreram rachaduras. Reprodução: Blog do Neto Ferreira.

MA 10 – Um novo tremor de terra foi registrado na cidade de Vargem Grande na manhã desta quinta-feira (5), segundo o Observatório Simológico da Universidade de Brasília (UNB). Este é o segundo tremor que acontece na localidade esta semana, dessa vez com magnitude 3 na escala Richter, menos forte que o da terça-feira (3), de 4.7 na escala Richter. O tremor de terra foi o mais forte registrado na história do Maranhão e provocou abalos físicos em Belágua (MA) e em, no mínimo, mais 10 cidades do Maranhão e Piauí.

O tremor registrado por volta das 9h50 em horário local. Vargem Grande fica localizada a 194,8km da capital. Desta vez, o tremor de terra não foi registrado pelo Centro de Sismologia da USP ou pela Rede Sismográfica Brasileira, que confirmaram e emitiram relatórios oficiais no caso do tremor de terra registrado na terça-feira (3).

Os maiores tremores anteriores no Maranhão haviam ocorrido em Itapicuru em 1871 (magnitude 4?), em Alcântara em 1909 (mag= 3?), e perto de João Lisboa em 1981 (magnitude 3.4). Foi, portanto, um tremor incomum para o Maranhão embora de magnitude normal para o Brasil onde tremores ainda maiores, acima de magnitude 5, ocorrem a cada 5 anos em média. Os estados do Ceará e Rio Grande do Norte, por exemplo, são palco de atividade sísmica muito frequente, como atesta o grupo de sismologia da UFRN.

Explicação

Detalhes do tremor em Vargem Grande desta quinta (5). Reprodução: Laboratório de Sismologia da UNB.

Em entrevista ao MA10, o  professor de Geografia Física da Universidade Estadual do Maranhão, Luis Jorge Dias, o tremor sentido no Maranhão se explica, parcialmente, por ser um “tremor de acomodação”.

“As rochas ficam saturadas do peso que elas suportam, do solo para baixo, e isso faz com que as rochas se acomodem do solo até alguns quilômetros de profundidade. Isso é comum em áreas sedimentares, como é o caso da nossa”, aponta.

Para Luis Jorge Dias, parte da nossa zona costeira maranhense, abrangendo a que vai de Alcântara ao município de Icatu, é recortado por uma falha geológica na faixa norte, inferida por geomagnetismo.  A profundidade da fenda permite que haja uma propagação mais intensa do abalo sísmico nessa linha.

O professor de Geologia da UFMA, Marcelino Farias, não descarta a ocorrência de novos tremores. “É impossível prever. Mesmo em regiões com grandes centros, as previsões ocorrem com poucos minutos, segundos ou horas”, destaca Marcelino Farias.

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