Um protesto apartidário
De nada adianta tentarem dar conotação político partidária ao movimento desta quarta-feira em que empresários e trabalhadores da Construção Civil irá às ruas protestar contra a crise no setor. Pela primeira vez, empregados e empregadores se unem e levantam a mesma bandeira, pois o que está em jogo é a sobrevivência das empresas, e, consequentemente, a manutenção do emprego.
Trata-se, na verdade, de uma manifestação contra o Governo Federal, que não vem pagando em dia os contratos do programa Minha Casa, Minha Vida. E sem dinheiro em caixa para suportar essa irregularidade nos pagamentos os empresários estão cortando gastos. Portanto, mais de 10 mil empregos já foram sacrificados somente em 2015.
Sem a união de empregador e empregado, a crise tende apenas a se agravar. Por uma coincidência geográfica, a concentração dos manifestantes será na Avenida Pedro II, porque nas proximidades dali ficam as superintendências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, os dois agentes financeiros do programa federal.
Não faltarão maldosos, no entanto, querendo transformar este ato num protesto contra o Governo do Estado e o Governo Municipal, já que as sedes de ambos ficam nesta avenida. Mas nada contra Flávio Dino e Edivaldo Holanda Júnior, e sim contra Dilma Rousseff e seu governo, os grandes culpados pela crise no setor da construção. (JP)
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