TCE: Sabatina de Washington teve apenas uma pergunta
Não foi propriamente o que se pode chamar de sabatina o processo de análise da competência do vice-governador, Washington Luiz (PT), para ocupar a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Dos seis deputados componentes da comissão especial para avaliar o candidato a conselheiro apenas Rubens Jr. (PCdoB) resolveu fazer perguntas.
Como muita gente já imaginava, os representantes do governo na Assembleia Legislativa apenas elogiaram o currículo do vice-governador. Sem fazer nenhuma pergunta, mas apenas elogios, os cinco deputados da base governista não se deram sequer ao trabalho de ensaiar uma pergunta ao candidato.
O único questionamento a que Washington Luiz respondeu dizia respeito à análise de prestação de contas dos vereadores. Rubens Jr. (PCdoB), líder da oposição, perguntou ainda sobre o procedimento a ser adotado em caso de rejeição de contas.
Fica o questionamento para todos os demais deputados da Assembleia Legislativa: por que não legitimar de fato o processo de indicação de Washington Luis para o TCE testando seus conhecimentos?
Apenas deputados escolhidos para a comissão podiam fazer perguntas, além do líder da oposição, faziam parte os deputados Tatá Milhomem (PSD), Marcos Caldas (PRP), Magno Bcacelar (PV), Raimundo Louro (PR) e Roberto Costa (PMDB).
Show de elogios
Ao que se pode ver a presença dos deputados da base de apoio a governadora Roseana Sarney se restringiu a elogiar uma suposta aptidão de Washington Luiz. Infelizmente, isso não foi comprovado porque o vice-governador não foi avaliado como deveria. Mesmo assim, sua indicação foi aprovada por cinco, dos seis membros da comissão especial. O único voto contra partiu do deputado Rubens Jr. (PCdoB).
A indicação de Washington Luiz, na verdade, se deve ao projeto do grupo Sarney de tirar do PT a possibilidade de governar o Maranhão. Roseana Sarney deve deixar o cargo de governadora até abril de 2014 para disputar uma vaga no senado. Assim, a vaga de governador fica aberta para a eleição indireta.
O nome preferido do grupo Sarney é o secretário de Infraestrutura, Luís Fernando, pré-candidato do grupo ao governo do estado. A idéia é fazê-lo disputar a eleição no exercício do cargo de governador, para, assim, tentar diminuir sua desvantagem nas pesquisas. Hoje, Luís Fernando não chega a 20% nas intenções de voto.
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