Da Folha de São Paulo e PB Agora

O STF (Supremo Tribunal Federal) determinou nesta quinta-feira (3) a diplomação imediata de João Capiberibe (PSB-AP), que havia sido considerado inelegível pela lei da Ficha Limpa, como senador.

A Corte avaliou um recurso contra a decisão do ministro Luiz Fux, que já havia decidido pela diplomação do senador.

Ex-governador do Amapá, Capiberibe recebeu votos suficientes –130.411– para ocupar uma vaga no Senado, mas teve o registro da candidatura indeferido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Ele havia sido cassado em 2004 por suspeita de compra de votos. Por causa disso, segundo a Ficha Limpa, ele não poderia ter o novo mandato.

A decisão foi dada antes do pronunciamento do Supremo, em março, que considerou que a lei da Ficha Limpa só será aplicável a partir de 2012.

Em seu lugar no Senado, havia assumido Gilvam Borges (PMDB), apadrinhado político do presidente do Senado, Sarney (PMDB).

Posse de Cássio obriga Sarney a perder

Já a posse do tucano Cássio Cunha Lima (PSDB) no Senado Federal, agendada para a próxima segunda-feira (07) não está mexendo apenas com os ânimos da população paraibana, mas também com a esperança de outros dois candidatos eleitos em 2010, que assim como Cássio, ainda não tomaram posse devido à demora da Justiça e devido ao ‘dedo’ de José Sarney.

Além do tucano, são esperadas outras duas trocas por causa da queda da lei da Ficha Limpa. Ainda aguardam posse João Capiberibe (PSB), do Amapá – que de acordo com decisão de hoje do STF deve ter a diplomação imediata – e Jader Barbalho (PMDB), do Pará.

Na matemática, nem o PSDB e nem o PMDB sairia ganhando ou perdendo. É que no lugar de um peemedebista entrará um tucano e no lugar de um tucano, entrará um peemedebista.

Já com o ingresso do socialista Capiberibe, quem vai cair é um peemedebista.

Gilvam Borges (PMDB), apadrinhado político do presidente do Senado, José Sarney (PMDB), é quem atualmente ocupa a vaga no Senado pertencente ao PSB. Sendo assim, a posse de Cássio fará com que Sarney abra mão de dois de seus apadrinhados, Gilvan Borges e Wilson Santiago.

Por enquanto, o Senado ainda não fez nenhuma substituição após entendimento do Supremo de que a lei não teve validade para o pleito do ano passado.

Os três políticos em ‘stand by’ tiveram mais votos que os atuais senadores, mas foram barrados pela Lei da Ficha Limpa antes da decisão do STF, em março, postergar a aplicação da lei para 2012 –no entendimento do Tribunal, o texto, aprovado em julho de 2010, alterou as regras da eleição há menos de um ano do pleito, contrariando a Constituição.

Desde então, mesmo beneficiados com a mudança na aplicação da Lei, o trio tenta assumir.