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Sobre o cancelamento do debate da TV Difusora

É uma injustiça colocar em suspeição a direção da TV Difusora, especialmente na pessoa do diretor Tiago Soares. É de se discordar dos comentários desairosos postos. Até onde sei, e os colegas da imprensa devem concordar, é um profissional sério, correto, isento. Não há nada que desabone a imagem de jornalista de destaque e profissional reconhecido conquistada em sua carreira, destarte jamais compactuaria com qualquer tipo de armação para beneficiar ou prejudicar quem quer que seja (testemunhei o seu empenho para que o debate fosse realizado).

Em questão – isso deve ser analisado – está uma decisão da justiça, dada em cima da hora, a favor de um candidato, Eduardo Braide.

Na formatação original do debate da Difusora, pensado e trabalhado ao longo de muitos dias, foi tudo preparado para quatro candidatos (Edivaldo, Wellington, Eliziane, Fábio Câmara), conforme estabelecido nas regras. Com a inclusão de mais um postulante, através de uma determinação intempestiva, o arranjo técnico e de estrutura montado precisaria ser revisto, demandando tempo e novo planejamento. Ante a escassez de tempo e a inviabilidade de um novo arcabouço técnico, tornou-se inviável a realização do debate.

Concordo, também, com os elogios a TV Guará e ao diretor Natanael Jr., conheço-o há anos e sei do seu talento e hombridade. A emissora, indubitavelmente, cumpriu seu papel relevante na realização do seu debate. Felizmente, não houve contratempos e as coisas sucederam da melhor forma possível.

Na verdade, penso que a não realização do debate desta terça-feira desfavoreceu o eleitor, que perdeu a oportunidade de melhor conhecer seus candidatos. Se há, portanto, culpados, não é a TV Difusora, que cumpriu fielmente o seu papel.

John Cutrim

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