Sem ter provas do que fala, Hildo Rocha pode passar por outro vexame
Líderes partidários da Câmara cobram que o vice-presidente da CPI do Carf, deputado Hildo Rocha (PMDB-MA) revele os nomes do empresário – que teria sido vítima de achaque – e do deputado da comissão que teria tentado achacá-lo.
Presidente da CPI do CARF, o deputado federal Pedro Fernandes (PTB-MA), que tem sua carreira política pautada pela seriedade e honradez sem ter seu nome jamais envolvido em falcatrua de qualquer espécie, ficou furioso, uma vez que coloca em suspeição todos os deputados. “Vou cobrar dele o nome do empresário, pois assim acaba prejudicando os trabalhos da CPI e todos os deputados, afinal agora todos são suspeitos”, criticou.
“Ele disse que o empresário não quer se identificar, mas isso é de interesse público. Ninguém procura um deputado para fazer esse tipo de denúncia e fica no ar, sem prova material. Sabemos o histórico da Câmara em outras CPIs, é importante que tudo se esclareça”, afirmou o líder do PSOL, Ivan Valente (SP), que também integra essa CPI.
O deputado Hildo Rocha pode passar pelo mesmo vexame quando afirmou que havia corrupção no Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão. Depois de o TRE pedir à Polícia Federal que investigasse a denúncia de Rocha, este recuou e pediu desculpas à Corte, dizendo não ter certeza do que havia dito. Hildo acabou sendo desmoralizado.
Instalada para apurar a corrupção em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, órgão vinculado à Receita Federal, a CPI do Carf, na Câmara dos Deputados, é alvo de uma acusação de extorsão. O primeiro vice-presidente da CPI, deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), afirmou ao GLOBO que um empresário contou a ele ter sido procurado por parlamentar que, em troca de pagamento de propina, prometia evitar sua convocação pela comissão. Segundo Rocha, o empresário não quer ter o nome revelado, com medo de represálias.
— O empresário disse que estava sendo chantageado por um deputado. Eu pedi que ele, junto comigo, fizesse a denúncia, e perguntei se eu poderia mencionar o nome dele e o do deputado. Ele disse que não — relatou Rocha.
O conteúdo deste blog é livre e seus editores não têm ressalvas na reprodução do conteúdo em outros canais, desde que dados os devidos créditos.