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Sem candidatos, Grupo Sarney busca até aliados de Flávio Dino

Com informações do site O INFORMANTE – Como a ex-governadora Roseana Sarney não se decide – e provavelmente não se decidirá –, integrantes da alta cúpula do grupo Sarney estão procurando candidatos viáveis para disputar o Governo do Estado em 2018.

Já examinaram uma possível candidatura do senador Roberto Rocha, mas ainda não se convenceram. A coluna-blog O INFORMANTE soube que até o nome do deputado federal e ex-governador José Reinaldo Tavares, aliado de primeira hora de Flávio Dino, já entrou nas considerações e até em conversas.

Trata-se de uma evidência forte de que não existe mais quadros políticos no clã sarneisista para uma disputa majoritária ao Palácio dos Leões, em 2018, tendo em vista o desgaste do grupo Sarney perante a população provocado pelas gestões desastrosas de Roseana e outros membros da oligarquia que tornaram o Maranhão um estado atrasado, miserável e corrupto.

Abaixo, o blog lista a ‘ficha corrida’ dos principais expoentes do grupo Sarney e seus delitos que fizeram do Maranhão o estado com os piores indicadores sociais.

ROSEANA

Principal nome do clã, Roseana Sarney dificilmente concorrerá novamente ao governo do estado, uma vez que teve sua gestão marcada por caos administrativos, mortes, rebeliões e cabeças decapitadas em Pedrinhas. Chegou a ter 77% de desaprovação em 2014, último ano do seu governo. (reveja aqui). Diante das denúncias graves atreladas a seu nome, Roseana trabalha um mandato que lhe garanta foro privilegiado (o mais provável uma candidatura de deputado). Sem isso, a ex-governadora maranhense pode passar pela mesma situação vexatória e humilhante de Sérgio Cabral, Eduardo Cunha e Eike Batista no Complexo Penitenciário de Bangu.

Roseana é acusada pelo Ministério Público e pela Justiça de ter cometido 4 graves crimes pelos quais pode ser condenada a pelo menos 6 anos de prisão. Há uma ação ingressada pelo Ministério Público do Maranhão de improbidade por um suposto rombo de R$ 1 bilhão nos cofres estaduais no esquema de fraudes em isenções fiscais quando Roseana era governadora.

Roseana aparece nas planilhas da Odebrecht que listam pagamento de propina, segundo publicação do site Congresso em Foco. A empresa é acusada de pagar propina para políticos e funcionários da Petrobras.

SARNEY

O ex-senador José Sarney (PMDB-AP) dificilmente disputará outra eleição em sua vida (em 2014, preferiu não renovar o mando de senador pelo Amapá por ser o último nas pesquisas), tendo em vista as suspeitas de corrupção que enlameiam sua carreira política. Sarney aparece nas planilhas da Odebrecht que listam pagamento de propina, segundo publicação do site Congresso em Foco. Sarney é descrito na lista pelo codinome “escritor”. A empresa é acusada de pagar propina para políticos e funcionários da Petrobras.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu na última segunda-feira (6) ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de novo inquérito para investigar José Sarney. Ele e outros senadores são suspeitos de criar embaraços às investigações da Operação Lava Jato.

Ao pedir autorização do STF para a instauração de inquérito destinado a apurar o crime de embaraço à Operação Lava Jato – formalmente embaraço à Justiça – supostamente cometido pelo ex-presidente José Sarney, os senadores do PMDB Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RO), e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se refere ao grupo como ‘quadrilha’ e ‘organização criminosa’.

“Está em curso um plano de embaraço da investigação por parte de integrantes da quadrilha e seus associados. Como sói acontecer em organizações criminosas bem estruturadas, o tráfico de influência é apenas uma das vertentes utilizadas por esses grupos”, afirma Janot.

Em delação premiada o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado revelou que o ex-senador José Sarney (PMDB) recebeu propina de contratos da Transpetro durante nove anos, no valor total de R$ 18,5 milhões. Desse montante, R$ 16 milhões foram recebidos em espécie.

O primeiro repasse de propina a Sarney foi realizado em 2006, no valor de R$ 500 mil. A princípio, o dinheiro era repassado sem periodicidade certa. A partir de 2008, as parcelas eram pagas anualmente. Os repasses perduraram até agosto de 2014. O dinheiro era transferido ora como doações oficiais ao PMDB, com recomendação expressa de repasse a Sarney; ora em entregas em espécie. A origem dos recursos eram as empresas com contrato com a Transpetro, que são investigadas na Lava-Jato.

LOBÃO

Investigado em pelo menos quatro inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Edison Lobão, indicado pelo PMDB para presidir a CCJ do Senado, é acusado de ‘lavagem’ de dinheiro, ocultação de bens, direitos ou valores oriundos de corrupção, formação de quadrilha ou bando, e corrupção passiva.

De acordo com O INFORMANTE, o peemedebista é investigado pelo recebimento de propina para a construção da usina de Angra 3; por receber R$ 2 milhões do ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Além da Lava Jato, Lobão é investigado por suspeita de ser sócio oculto de companhia Diamons Mountain, sediada nas Ilhas Cayman. O senador também teve o nome envolvido numa fraude no fundo de pensão Petros, dos funcionários da Petrobras. As fraudes teriam ocorrido entre 2006 a 2011 e teriam aberto um rombo de 5,6 milhões de reais no plano de benefícios dos participantes do fundo.

Nos bastidores políticos, comenta-se que Lobão disputará uma vaga de deputado federal em 2018 e o filho, Edinho Lobão, concorrerá ao Senado.

MISÉRIA

sarney-e-roseana

Roseana Sarney deixou, nos seus quatro mandatos como governadora do Maranhão, 2 milhões de maranhenses abaixo da linha de miséria (renda per capita de R$ 70 por mês); 64% da população passando fome; as três piores cidades em renda per capita – das 100 cidades com pior IDH, 20 são do Maranhão; 6,5% dos municípios maranhenses com rede de esgoto; e dos 15 municípios brasileiros com as menores rendas, segundo o IBGE, dez situados no Maranhão (é o estado brasileiro com maior percentual de miseráveis). O Maranhão tinha, em 2012, governado por Roseana Sarney, a segunda maior taxa de analfabetismo de jovens e adultos, com 20,8% da população de 15 anos ou mais sem saber ler e escrever e altas taxas de mortalidade infantil. O estado, nas gestões da filha do ex-senador José Sarney, viveu seus piores momentos, foram dias maus de fome, insegurança, desemprego, ciclo aterrorizante encerrado com a saída de Roseana do Palácio dos Leões em 2014.

O estado governado pelo grupo Sarney até 2014 possui a segunda pior taxa de mortalidade infantil do país, apenas atrás de Amapá (onde, aliás, Sarney era senador), com 23,5 crianças com menos de um ano mortas para cada mil nascidas vivas. A média nacional é de 14,4 para 1000. A menor taxa está no Espírito Santo (9,6/1000).

Em 2015, a renda per capita média do brasileiro chegou a R$ 1113,00, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE. Enquanto o Distrito Federal ficou em primeiro, com R$ 2.252,00, o Maranhão de José Sarney amargou o último lugar, com R$ 509,00.

Dos quase 7 milhões de maranhenses, existem mais de 4 milhões sobrevivendo na base do Bolsa Família. Dos 15 municípios brasileiros com as menores rendas, segundo o IBGE, dez estão no Maranhão. Apenas 6% da população do MA estão em cursos de graduação, mestrado e doutorado.

O Maranhão tinha, até o governo de Roseana Sarney, 64% da população passando fome, 19% de analfabetos, a mortalidade infantil afetando 39 bebês em cada 1000 nascimentos e apenas 7,8% dos domicílios com computador.

O Maranhão tinha, em 2012, a segunda maior taxa de analfabetismo de jovens e adultos, com 20,8% da população de 15 anos ou mais sem saber ler e escrever.

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