Sem argumentos, Andrea Murad diz que decisão da Justiça é perseguição
Do blog do Raimundo Garrone – Sem ter argumentos para defender a si mesma ou a família, a deputada estadual Andrea Murad (PMDB) está utilizando a tribuna da Assembleia Legislativa para mentir na tentativa de amenizar as acusações que pesam contra ela e o pai Ricardo Murad. O discurso de segunda-feira (17) foi uma prova disso, Andrea falou que as ações movidas não passam de perseguição do governador Flávio Dino, como se as irregularidades não existissem.
O pedido para indisponibilidade de bens e quebra de sigilo bancário do pai dela não foram solicitados apenas pela Procuradoria Geral do Estado (PGE). A PGE teve uma postura ativa, de buscar o ressarcimento dos cofres públicos o que não ocorria antes, mas o pedido na Justiça Federal também foi endossado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Advocacia Geral da União (AGU). Os dois órgãos federais, ou seja, sem subordinação nenhuma ao Governo do Estado, manifestaram formalmente interesse na ação.
Representando a Procuradoria da União no Estado do Maranhão, o advogado Ivo Lopes Miranda, membro da AGU, requereu o ingresso na ação na qualidade de assistente do Estado diante das ilicitudes na licitação de projetos para as obras dos 64 hospitais onde foi contratado um serviço que já tinha sido prestado, ou seja, o dinheiro público foi gasto em quantia milionária sem qualquer fundamento já que o trabalho já estava feito.
Já a manifestação do Ministério Público Federal foi assinada pelo procurador da República Thiago Ferreira de Oliveira. Ele citou que a presença de recursos federais por si só já indica a presença de interesse federal e por isso o MPF se manifestou pelo prosseguimento da ação, no qual atuará na função do chamado custos legis, ou seja, como fiscal da lei.
Bradar que uma investigação da justiça baseada em provas concretas é perseguição é uma forma de tapar o sol com a peneira. O discurso de Andrea Murad só demonstra que ela e o pai não estão acostumados a terem que explicar na justiça os atos que cometeram.
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