Segurança Pública prossegue investigações sobre assassinato de prefeito maranhense
A polícia prossegue a investigação do assassinato do prefeito de Davinópólis, Ivaldo Paiva. O político foi morto a tiros no domingo (11) e o corpo deixado a cerca de dois quilômetros do local da residência, em um povoado da cidade. As provas coletadas na fazenda da vítima estão em análise e cinco testemunhas já foram ouvidas – o casal de caseiros, um amigo do prefeito e outras duas pessoas não identificadas. Segundo a polícia, foi crime de execução. Ivaldo Paiva havia ido à sua fazenda com um amigo para caçar.
As testemunhas interrogadas afirmaram não terem ouvido nada que chamasse a atenção na fazenda do prefeito, onde este estaria dormindo sozinho. O amigo passou a noite com o casal de caseiros na casa auxiliar, que fica a 100 metros da fazenda. Segundo a polícia, a fazenda era recém-construída, estavam inacabadas as acomodações e havia apenas um quarto. O prefeito tinha o hábito de caçar e foi acompanhado deste amigo para a atividade. Tanto o casal quanto o amigo só deram falta do prefeito pela manhã, quando foram à fazenda, segundo relataram à polícia.
Na fazenda, a polícia encontrou manchas de sangue e sinais de que houve luta corporal. A hipótese é de que o prefeito resistiu à emboscada, mas foi imobilizado e de lá, levado para outra área, distante dois quilômetros, no povoado Juçara, zona rural, onde o corpo foi encontrado. No corpo, marcas de seis tiros – provavelmente uma pistola calibre 38, segundo a polícia. Ainda na fazenda, a polícia coletou elementos que servirão de provas, já encaminhadas ao Instituto de Criminalística (Icrim) para análise.
A investigação aponta para a autoria de pelo menos um mandante e um executor e que estes estariam juntos no momento do crime. O prefeito teria sido amarrado ao ser retirado da fazenda, ato este praticado por mais de uma pessoa, de acordo com a investigação. Ainda segundo a polícia, a morte foi planejada e os autores estariam no local antecipadamente para traçarem o ponto da execução. O assassinato teria sido na área onde o corpo foi achado.
“Foi um crime de execução, com mandatário e praticado por mais de uma pessoa”, afirmou o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) de Imperatriz, Praxísteles Martins, responsável pela investigação do caso. O delegado pontuou que as equipes estão direcionadas para este caso e têm apoio da Segurança Pública, que disponibilizou toda a estrutura para garantir rapidez na análise das provas e solução do crime. “Ouviremos mais testemunhas já intimadas, que são pessoas ligadas ao prefeito de alguma forma, e a polícia prossegue as diligências para identificarmos os autores o mais breve possível”, pontuou.
O delegado ressalta ainda que foram adotadas estratégias de trabalho conjunto com os demais organismos da Polícia Civil, para que se chegue a autoria do crime com mais agilidade. Equipe de investigadores da capital estão em Davinópolis para somar na apuração do caso. Apoiam ainda a investigação a Delegacia Geral, a SHPP da capital, Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI), Instituto Médico Legal (IML-MA), Icrim-MA, Delegacia Regional de Imperatriz, entre outros setores.
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