Segurança digital será prioridade na Justiça, diz Flávio Dino
O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), disse na 2ª feira (20.dez.2022) que sua prioridade à frente da pasta será a segurança digital. Afirmou que a PF (Polícia Federal) criará uma diretoria especializada em crimes cibernéticos.
“Um país soberano não pode ser sequestrado por corporações privadas, quaisquer que sejam elas, porque isso é perigoso em todos os sentidos”, destacou em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura.
Dino afirmou que a derrubada das emendas de relator do Orçamento, que parte da mídia chama de “orçamento secreto”, pelo STF (Supremo Tribunal Federal) significou um “reenquadramento do equilíbrio entre os Poderes”.
Ao ser questionado sobre as duas indicações que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fará para a Corte, o futuro ministro, que é ex-juiz federal, disse que o petista deverá priorizar alguém que tenha “coragem de ser contramajoritário”.
“Nós precisamos distinguir, muito claramente, o papel da função política da função técnica. O político tem que estar aqui, o político tem que estar na rua, o político tem que estar na praça e o político tem o dever de exercer uma função de representação da maioria. O juiz, o magistrado, pode fazer tudo isso. Mas tem uma diferença fundamental em relação ao político: este magistrado tem que ter a coragem de ser contramajoritário para proteger a Constituição”, declarou.
Sem citar o ex-juiz da Lava Jato e senador eleito, Sergio Moro (União Brasil-PR), Dino disse haver um “caso cármico”, e muito conhecido, de quando o magistrado “se encanta pelos holofotes e usa a toga para fazer política”.
A apresentadora Vera Magalhães lembrou que a ministra Rosa Weber, presidente do STF, é uma das que se aposentam durante o mandato de Lula e questionou se o futuro presidente indicará outra mulher para a vaga.
“Não é algo decretado, mas é algo natural que ocorra [a indicação de uma mulher para o Supremo]“, respondeu. (Poder360)
O conteúdo deste blog é livre e seus editores não têm ressalvas na reprodução do conteúdo em outros canais, desde que dados os devidos créditos.