Segurado tenta atear fogo em médica e prédio do INSS de Timon
Site do Elias Lacerda – Os médicos da perícia médica do INSS de Timon resolveram parar com suas atividades desde ontem (5). A paralisação ocorreu depois que uma médica foi agredida verbalmente por um homem segurado do órgão que lhe jogou álcool e tentou atear fogo nela e no prédio do instituto timonense.
O fato foi registrado na manhã desta quinta-feira (6) no 3º Distrito Policial de Timon. O delegado Michel Sampaio(foto abaixo) relatou que a ocorrência aconteceu com a médica Socorro Emiliana Soares Ferreira, durante uma perícia de rotina sobre a revisão de aposentadoria, procedimento que está sendo feito pelo órgão desde o começo do ano com os aposentados de todo o país.
Os médicos peritos dizem que não vão voltar ao trabalho por falta de segurança no prédio para desempenhar suas funções. De acordo com o delegado Michel Sampaio, em depoimento os funcionários do INSS de Timon afirmam que todos os dias são xingados e ameaçados por segurados ou parentes destes e estão cobrando mais segurança no trabalho.
Além de agredir a médica, o segurado danificou um computador, derrubou mesas, provocou um escândalo no local e ainda jogou alcool nos móveis e ateou fogo, mas felizmente o incêndio foi de pequenas proporções e não prosperou.
Mesmo sabendo se tratar de um órgão federal, o delegado Michel Sampaio, solidário a situação, mandou que peritos fizessem um levantamento dos danos causados na sala de atendimento onde o fato aconteceu e recolhesse provas contra o segurado. Há informações de que o segurado toma remédio controlado, entretanto, mesmo assim o delegado pretende chamá-lo para ser ouvido. Funcionários do órgão que presenciaram o fato também serão ouvidos.
Prejuízo para a região
Considerada agência polo, o posto do INSS de Timon faz praticamente 100% das perícias médicas da região leste do estado do Maranhão. Por ter três peritos, contra apenas um em Caxias, segurados de Peritoró, Presidente Dutra, Coelho Neto, Parnarama e outros municípios recorrem a Timon para realizar esse tipo de serviço.
A paralisação é prejuízo enorme para os aposentados e pensionistas da região, gente normalmente de baixa renda, alguns até doentes, que percorre centenas de quilômetros em busca do serviço em Timon.
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