Segunda fase do Inquérito Sorológico confirma prevalência de anticorpos no Maranhão e governo anuncia novas medidas
O Governo divulgou, nesta quarta-feira (11), o resultado da segunda fase do Inquérito Sorológico no Maranhão, que mostrou a prevalência de anticorpos em 38,1% da população maranhense. O número confirma, dentro da margem de variação, o resultado da primeira fase do estudo, que indicou que 40,4% da população já havia tido contado com o vírus SARS-CoV-2 no estado. Na oportunidade, também foram anunciadas novas medidas para manter o controle da doença e a assistência aos casos no Maranhão.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, o Maranhão está se preparando para qualquer cenário, com investimentos na expansão da rede estadual de saúde. “Com o início do período chuvoso, onde as ocorrências de síndromes gripais são maiores, já estamos nos preparando para um possível aumento na procura das nossas unidades. Apesar da taxa de internação atual estar em cerca de 20% de ocupação, estamos aumentando a nossa rede, inaugurando Policlínicas em várias cidades do Maranhão que podem servir como ambulatório para os casos de Covid-19”, explicou o secretário.
O titular da SES acrescentou que o Governo está ampliando o número de leitos de UTI. Serão mais 21 leitos de UTI em Imperatriz e obras de instalação de leitos de UTI em Barreirinhas, que devem ser entregues até o final do ano. “Estamos em obras também em São Luís, no Hospital Aquiles Lisboa e no Hospital Raimundo Lima, e contamos ainda com o HCI”, afirma Carlos Lula.
Realizado em parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) para avaliar o cenário atual da pandemia no estado, a segunda fase do Inquérito Sorológico contemplou 70 municípios em 19 Regiões de Saúde. A cidade de Imperatriz ganhou destaque na segunda fase do inquérito. No município, 41,7% da população já apresenta anticorpos contra a Covid-19. O inquérito também apontou a redução no uso da máscara.
De acordo com o coordenador geral do Inquérito e médico epidemiologista, Antônio Augusto Moura, no começo da epidemia, 65% da população utilizava máscaras, índice que caiu em agosto para 56% e agora em outubro diminuiu ainda mais, e ficou em 42%. “Nós sabemos que a máscara reduz a transmissão, reduz a probabilidade de ocorrência da doença da forma mais grave e também aumenta a proporção de assintomáticos, o que é bom, pois a pessoa vai se imunizando sem necessariamente ficar doente. Isso mostra a necessidade de continuar o incentivo ao uso de máscara e mostrar para as pessoas que a vida não voltou ao normal”, afirma.
O diretor do setor de Biologia Molecular do Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen/MA) e um dos coordenadores do inquérito, Lídio Gonçalves, destacou que o levantamento contou com mais de 500 pessoas envolvidas, com 92 equipes em campo para a aplicação do questionário.
“Todas as informações foram inseridas em um aplicativo que foi adaptado para a inclusão de novas informações, tais como recebimento de auxílio emergencial, uso de transporte coletivo e, em caso da disponibilidade da vacina contra a Covid-19, se ele se imunizaria ou não, além dos resultados da análise do sangue, realizada pela técnica de eletroquimioluminescência com sensibilidade de com sensibilidade de 99,7%”, ressalta Lídio Gonçalves.
Outros dados
Com relação à escolaridade, a prevalência de anticorpos foi maior em indivíduos com ensino médio completo (46,2%), seguido pelos indivíduos com menor escolaridade, ensino fundamental completo (40,9%), e foi mais baixa naqueles com maior escolaridade, ensino superior completo (27,5%). Quando perguntados sobre uma possível vacina contra a Covid-19, 88% dos entrevistados afirmaram ser a favor da imunização contra a doença.
O documento completo pode ser acessado no site da Secretaria de Estado da Saúde no endereço saude.ma.gov.br.
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