Sarney reclama de apoio do PT a Flávio e diz que Lula não o atende
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, na semana passada, o vice-presidente da República, Michel Temer, recebeu congressistas no Palácio do Jaburu. Estavam presentes os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL) e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), o deputado federal Eduardo Cunha (RJ), o senador José Sarney (AP) e o ministro Edison Lobão (Minas e Energia).
Segundo relatos à Folha, Temer se queixou de que a campanha de Dilma se fecha e que o PMDB está relegado. Um dos mais exaltados no encontro era o ex-presidente Sarney. Ele reclamou do comportamento do PT no Maranhão, que apoiará Flavio Dino (PCdoB) na disputa estadual.
Dino é o principal adversário da família Sarney, que tem Lobão Filho como candidato. O ex-presidente do Senado tem relatado a interlocutores sua procura sem sucesso por Lula para discutir os problemas. Segundo o senador, sempre que telefona o ex-presidente está “gravando” programas de TV.
Sarney deu demonstrações explícitas de apoio à candidatura do deputado e candidato à reeleição Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara no ano que vem. Ele disse no encontro estar à disposição de Cunha para a campanha à presidência.
Durante o primeiro mandato de Dilma, Cunha, que é líder do PMDB na Câmara, foi tido como um dos principais adversários do governo em matérias legislativas e protagonizou as principais crises entre PMDB e Planalto.
PETROBRAS
O PMDB cobra também nos bastidores o vazamento de nomes do partido na delação premiada de Paulo Roberto Costa. Segundo a revista “Veja”, o ex-diretor da estatal teria citado os nomes de Lobão, Renan e Alves em seus depoimentos.
O partido reclama que só nomes da legenda foram envolvidos e que o ministro Lobão foi “jogado ao mar” pelo Planalto, que tenta se desvincular do escândalo.
Outro ponto que incomoda os caciques da legenda é a falta de dinheiro para custear as campanhas estaduais.
Segundo um candidato do PMDB, ficou acertado que o PT repassaria recursos financeiros para auxiliar nas despesas das campanhas peemedebistas, mas o acordo não foi cumprido.
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