As relações do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e do líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL) não é nada boa. Tudo por conta da disputa pela presidência do Senado Federal.

Como já informou o blog, o Planalto não quer Renan na direção do Senado. Oportunista, Sarney, ao seu estilo conhecido de plantar dificuldades para colher vantagens, teria se prontificado junto a presidenta Dilma para barrar a eleição de Calheiros.

Segundo fontes com trânsito nos bastidores políticos de Brasília, o governo aceita até o ministro da Previdência e senador licenciado, Garibaldi Alves Filho (PMDB) no comando da Casa, menos Renan. E por conta disso, Sarney tem atuado freneticamente para atrapalhar Renan afim de que ele não se viabilize.

Como parte do plano para obstaculizar o caminho do colega de partido, Sarney teria até mandado grampear Renan, segundo denunciou este blog (veja aqui). A estrutura para detectar grampos telefônicos seria do próprio Senado, onde foram adquiridos modernos aparelhos de uso restrito ao mundo da espionagem.

Uma pessoa próxima a Renan teria mostrado a ele a publicação do blog com a denúncia da espionagem. A partir de então as relações dele com Sarney teriam azedados de vez. Nos últimos dias os dois tem trocados farpas em público. O clima de guerra é declarado.

No entanto, para a decepção do tetrapresidente Sarney e sua turma (que sonha em continuar no comando do Congresso Nacional), Renan tem a simpatia de grande parte dos senadores. Caso não consiga ser candidato, Renan já teria um plano B, que seria lançar o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) candidato. Resta saber se Sarney também tem um plano B.

Vale lembrar que na eleição que reconduziu Sarney ao seu quarto mandato de presidente do Senado, Renan foi um dos articuladores e principais responsáveis pela vitória do maranhense.