Kátia Bogéa e a filha de Sarney, Roseana

O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, teria dito ao ex-ministro da Cultura que, se fosse o caso, iria pedir a “cabeça” da presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ao presidente Michel Temer (PMDB).

Se Geddel Vieira ficará no cargo, assunto confirmado nesta tarde pela Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto, a presidente do Iphan, Kátia Bogéa, também deve ficar. Não lhe falta padrinho político forte.

Na semana passada, dois dias antes de Marcelo Calero pedir demissão do ministério da Cultura, Kátia Bogéa determinou o embargo das obras do condomínio La Vue, na Ladeira da Barra, em Salvador. O despacho de Kátia leva em conta parecer técnico da Câmara de Análise de Recursos do Iphan, que, segundo ela, é “contundente” ao afirmar que é “grande e prejudicial o possível impacto da construção do empreendimento sobre bens tombados em seu entorno”.

Kátia não está no cargo por acaso ou nem caiu de paraquedas na cadeira de presidente do órgão. Ela é afilhada política de nada menos do ex-presidente José Sarney. O ex-senador pelo Amapá manteve a especialista em historiografia brasileira por muitos anos na superintendência do Iphan no Maranhão – de 2003 a 2015. (Do Misto Brasília)