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Para Sarney regime ditatorial de Fidel foi ‘revolução romântica’

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G1 – O ex-presidente da República José Sarney afirmou neste sábado (26), em nota, que o ex-presidente de Cuba Fidel Castro, que morreu aos 90 anos em Havana, promoveu uma “revolução romântica” que “apaixonou a juventude do mundo inteiro”.

O ex-líder cubano morreu à 1h29 (hora de Brasília) deste sábado. A informação foi divulgada pelo seu irmão Raúl Castro em pronunciamento na TV estatal cubana.

Sarney se refere a Fidel como o “mito”, com quem manteve uma “relação cordial e amiga”. Ele destacou ainda ter reatado as relações do Brasil com Cuba e ressaltou ter sido o primeiro chefe de Estado a propor sua entrada na Organização dos Estados Americanos (OEA).

Para José Sarney, Fidel Castro “pertence agora à História, com a densidade que o coloca entre os maiores líderes da América Latina”. O oligarca maranhense esquece que só nos anos 1960, o regime de Fidel fuzilou entre 7 mil e 10 mil pessoas. Segundo O Livro Negro do Comunismo, desde 1959, estima-se em 100 mil o número de pessoas que passaram pela cadeia ou pelos “campos” de reeducação em Cuba. Os fuzilamentos são estimados entre 15 mil e 17 mil pessoas.

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Os 21 anos de ditadura militar brasileira, o qual Sarney apoiou, mataram, em números superestimados, 424 pessoas, incluindo os guerrilheiros do Araguaia. Desse total, por razões comprovadamente políticas, foram 293 pessoas. Juntamente com seu irmão Raul e Che Guevara, a instalação a ditadura socialista por Fidel Castro levou milhões de cubanos à fome e à miséria. Juntos, os três mataram pelo menos 8.190 pessoas, sendo 5.775 execuções por fuzilamento, 1.231 assassinatos extrajudiciais, 984 mortes na prisão e 200 pessoas desaparecidas. O número de mortos na ditadura cubana é quase três vezes superior à ditadura de Pinochet no Chile e quase 19 vezes superior à ditadura brasileira (434 mortos).

Na nota, Sarney presta solidariedade ao povo cubano e à família do ex-líder cubano.

Nota de Sarney

Leia a íntegra da nota de José Sarney sobre a morte de Fidel Castro:

Dois homens marcaram profundamente a história de Cuba: José Marti e Fidel. Fidel foi uma legenda dos tempos modernos, ocupando grande parte do século XX. Promoveu uma revolução romântica que, com Che Guevara e Camilo Cienfuegos, apaixonou a juventude do mundo inteiro.

Tive com Fidel uma relação cordial e amiga. Conheci o mito. Reatei relações do Brasil com Cuba e fui o primeiro chefe de Estado a propor sua entrada na OEA e a criticar o embargo americano.

Ele pertence agora à História, com a densidade que o coloca entre os maiores líderes da América Latina, junto de Bolívar, San Martin e Tiradentes.

Minha solidariedade ao povo cubano e a sua família.

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