Sarney diz que colegas ainda não querem vê-lo ‘pelas costas’
Partidos ainda não lançaram candidatos para a sucessão no Senado. Na Câmara, Henrique Alves será candidato após acordo entre PT e PMDB.
Iara Lemos Do G1, em Brasília
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta quinta-feira (9) que seus colegas ainda não estão com pressa de vê-lo “pelas costas”.
Ele se referia ao fato de ainda não ter havido nenhuma indicação oficial para a disputa pela eleição da Mesa do Senado.
“Eu tenho é que agradecer que os meus colegas não tenham deflagrado ainda a sucessão aqui no Senado. Eles ainda não estão com muita pressa de me ver pelas costas”, disse o presidente do Senado.
Nesta quarta, PT e PMDB ratificaram o acordo de rodízio dos partidos no comando da Câmara e lançaram o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) como candidato a presidente da Casa em 2013.
Reunidos no Congresso Nacional, na sala da presidência do PMDB, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), e o presidente nacional do PT, Rui Falcão, reafirmaram o acordo firmado em 2010, segundo o qual os deputados petistas apoiariam o candidato escolhido pelo PMDB para conduzir a Casa em 2013.
Pelo acordo, o PMDB comandará em 2013 tanto o Senado quanto a Câmara. No Senado, o regimento exige que a presidência seja ocupada pelo partido com a maior bancada – no caso, o PMDB. No Senado, as indicações ainda não começaram a ser feitas.
Código Florestal
Sarney lamentou o fato de ainda não ter sido fechado um acordo para a votação da medida provisória do novo Código Florestal. Na manhã desta quinta, a reunião da comissão mista que analisa a medida foi adiada por falta de acordo.
“O Código, infelizmente, não tivemos condição de estabelecer um acordo, embora não tenhamos perdido a esperança de fazer. Estamos tentando encontrar uma solução”, disse o presidente do Senado.
A comissão mista já aprovou o texto base do relator Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC). Ainda é preciso analisar 34 destaques em separado.
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