Por JM Cunha Santos

Diante de matéria publicada em um dos blogs da capital sob o título “Governador vistoria na região metropolitana obras que em quatro governos Roseana não conseguiu fazer”, o deputado Paulo Marinho Júnior respondeu que ela (Roseana) fez outras obras que foram importantes e permitem que o Estado vá continuando o trabalho iniciado pelo gestor anterior. Não se trata de retórica, por mais incrível que pareça, ele teve mesmo a coragem de dizer isso.

Mas pensemos nós, comparando os 14 anos de mandato de Roseana Sarney com os 13 meses do governo Flávio Dino, somente nas intervenções do governo do Estado na capital, São Luís. Quando tinha poder, o grupo Sarney trabalhava contra essa cidade, envidando todos os esforços para reter recursos federais destinados a São Luís, entre outros atos de perseguição. Que o digam o ex-prefeito João Castelo e o atual, Edivaldo Holanda Júnior. Este último suou o que pode por uma parceria institucional com o governo Roseana sem nunca lograr êxito.

Mas algumas verdades são indesmentíveis. Em 1 ano e 3 meses, o Governo Flávio Dino atuou em São Luís com as avenidas interbairros, o programa Mais Asfalto, os cativantes projetos Ninar e Travessia, voltados para crianças e deficientes; participou, com projetos e recursos da urbanização da cidade, trouxe para a Grande São Luís o Expresso Metropolitano, inaugurou, aqui, o primeiro Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia, como parte de uma rede de educação profissionalizante que, infelizmente, passados 50 anos, somente agora o Maranhão conheceu.

Essas, no entanto, são lembranças soltas, entre as quais ainda conseguimos incluir os restaurantes populares, posto que não dá para lembrar tudo e não se tem tempo para pesquisar. Mas dá para lembrar os programas estaduais com efeitos diretos na capital, como o Mais Bolsa Família Escola, com cerca de 1 milhão e 200 mil beneficiários, grande parte deles na região metropolitana de São Luís. Outra grande conquista, que hoje contribui para uma sensível redução no índice de homicídios e criminalidade em geral em São Luís, a incorporação de 1.500 novos policiais militares e civis ao sistema de segurança, coisa que o havido governo anterior esqueceu completamente.

Não esquecendo também que o governo Flávio Dino conseguiu que o Dnit retomasse as obras da BR 135, que todos os suores dos deputados e senadores do grupo Sarney só serviram para atrasar.

Pensando somente nestes poucos fatos, infere-se como verdade a espécie de vindita perpetrada pelo grupo Sarney contra a capital que nunca os quis no poder. Em 1 ano e 3 meses foi possível fazer mais que nos 4 mandatos, nem todos legítimos, de Roseana Sarney.

Ora, lembrando esse governo havido com relação a São Luís, só o que nos vem à memória são 2 viadutos, as Avenidas Expressa e Quarto Centenário entregues pela metade e sob suspeita de superfaturamento, além, é claro, da famosa estrada vicinal que ao custo de R$ 408 mil foi construída no povoado Trechos, um aglomerado urbano que nunca existiu em São Luís. Em 14 anos foi tudo o que Roseana Sarney conseguiu fazer pela cidade.