Rumor de novo grampo contra a Lava Jato causa temor em Sarney
O ex-presidente da Transpetro Sergio Machado teria gravado também conversas que manteve com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e com o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-MA).
De acordo com um parlamentar que tem acesso à cúpula do governo e que esteve hoje com Renan, Romero Jucá e com o próprio Temer, a informação está causando temor no Congresso e também no governo, pelo potencial de desestabilização que pode causar no parlamento.
“A gente olha e não sabe onde tudo isso vai parar”, afirma o parlamentar à coluna.
Quem teve acesso aos áudios diz que o que foi revelado hoje em relação a Jucá “não é nada” comparado ao que Renan e Sarney disseram.
Em conversas divulgadas pelo jornal Folha de São Paulo nesta segunda-feira (23), o ministro do Planejamento, senador licenciado Romero Jucá (PMDB-RR), sugeriu ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que uma “mudança” no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” representada pela Operação Lava Jato, que investiga ambos.
As gravações foram feitas no âmbito da delação premiada que Sérgio Machado está negociando com a Procuradoria-Geral da República desde março. O acordo com a PGR foi selado na semana passada.
Na delação, Machado gravou apenas três políticos: o responsável pela sua indicação para a Transpetro (Renan), Sarney e Jucá. Mas comprometeu outros senadores do PMDB. São eles Jáder Barbalho e Edison Lobão.
O presidente interino Michel Temer recorreu aos órgãos de inteligência do governo _ inclusive à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) _para apurar a veracidade da informação de que Sérgio Machado teria gravações comprometedoras também com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e com o ex-presidente da República José Sarney.
Os órgãos de inteligência não conseguiram confirmar, mas também não desmentiram categoricamente. Isso, portanto, deixa uma aura de tensão adicional no palácio do Planalto e no palácio do Jaburu.
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