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Roseana Sarney pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão

Roseana e Dilma

Brasília – Presente à reunião do PMDB que aprovou o rompimento do partido com o governo Dilma por aclamação, a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney afirmou nesta terça-feira, 29, que a sigla desembarcou na hora certa.

“Estou acompanhando o partido. Está no timing certo. Era uma questão só de decisão”, afirmou Roseana, que é membro do diretório nacional da sigla. A ex-governadora evitou fazer comentários mais detalhados sobre o governo Dilma.

Roseana e o pai, o ex-senador José Sarney, também do PMDB, usaram e abusaram tanto do governo Lula quanto do de Dilma. Se apoderam de ministérios, indicaram aliados para cargos federais de primeiro escalão dos governos petistas e ainda usufruíram do poder político junto ao Planalto para ganharem as eleições no estado. Locupletaram-se o quanto puderam das benesses do governo federal.

Em recompensa, Roseana, no momento mais delicado de Dilma e Lula,  apunhala os dois pelas costas. Pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão.

Roseana Sarney negou que o pai tenha tido alguma influência em sua decisão de apoiar o desembarque. “Lá em casa todo mundo tem autonomia”, disse.

Questionada se acredita que há motivos para o impeachment da presidente Dilma Rousseff, ela desconversou. “Ainda não avaliei. Mas o que o partido decidir, estarei junta”, disse.

Ao menos Roseana teve a coragem de expor o que pensa, enquanto que o pai, José Sarney, fica em cima do muro esperando a hora certa para se posicionar a favor do lado que vencer.

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