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Sem obras e ações, Roseana faz o pior governo da vida dos maranhenses

“Farei o melhor governo da minha vida”. Esta foi uma das primeiras fases proferidas pela governadora Roseana Sarney logo após a solenidade de diplomação pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Passados mais de 200 dias, aos 57 anos e no seu quarto mandato como governadora, Roseana tem, até agora, feito o “pior governo da sua vida”. Que as outras administrações da filha do senador José Sarney não foram lá essas coisas, todos sabem. Mas o fato de conseguir ser pior do que as três gestões passadas tem sido uma proeza e tanto.

Pelo menos o mais pessimista dos maranhenses tinha a convicção de que Roseana, dessa vez, conseguiria realizar um governo no mínimo razoável. Com o apoio de todo aparato do governo federal e de outras esferas e um longo tempo para arrumar a Casa, depois de assumir no dia 16 de abril de 2009 após a cassação do ex-governador Jackson Lago, Roseana reuniria todas as condições para, realmente, fazer o melhor governo da sua vida.

No entanto, o que se pode ver, é uma administração totalmente estagnada, inoperante e desastrada. Pela ausências de obras e ações, Roseana faz o pior governo da vida dos maranhenses. O resultado de tamanha letargia é o caos que se instalou em todos os setores.

Na segurança, nunca se viu índices tão alarmantes de violência. O número de rebeliões, assaltos e mortes nunca atingiram patamares tão altos (282 corpos de vítimas de homicídios e latrocínios no primeiro semestre deste ano na região metropolitana de São Luís). Cabeças decepadas em penitenciárias, estrutura precária nas delegacias e greve de policiais são indicadores de que o Maranhão está com seu sistema de segurança vulnerável e fragilizado.

Na área de saúde a realidade também não é diferente. Pacientes com falta de atendimento nos hospitais, filas nos corredores, ausência de médicos e de medicamentos demonstram que a governadora, em sua passagem pelo Palácio dos Leões, nunca teve comprometimento com a causa. É triste, por exemplo, ver milhares de maranhenses sendo diariamente humilhados em Teresina. A capital do Piauí passou a não aceitar mais pacientes vindos do Maranhão sem encaminhamento. Enquanto isso o hospital do IPEM, em uma infinita “reforma”, continua oferecendo um atendimento reduzido, precário e de péssima qualidade à população. Algo lamentável e ao mesmo tempo vergonhoso.

Roseana, caso tivesse cumprido com a promessa feita na campanha de entregar no fim do ano passado os 72 hospitais do programa ‘Saúde é Vida’, a população não estaria passando por tal tipo de constrangimento. No entanto, supostas irregularidades no processo licitatório e fraudes nos repasses feitos a empreiteiras na execução da construção dos 72 hospitais do Programa Saúde é Vida, conforme denunciou a revista IstoÉ desta semana, marcam o Programa.

Na educação a situação se agrava mais ainda. Faltam escolas – as que existem não apresentam condições mínimas de funcionamento – e os professores não ganham o condizente com a carga horária de trabalho. Somados a isso, a inexistência de concurso público para provimento do déficit no quadro e a ausência de incentivo do aluno ir à sala de aula. À atual secretária, afastada do posto, falta-lhe habilidade e condições para solucionar os problemas. Tanto é que uma greve dos profissionais do magistério arrastou-se por mais de 70 dias, prejudicando milhares de alunos sem que o governo conseguisse negociar com os educadores.

Ou seja, não há uma só obra do governo Roseana no Estado e muito menos em São Luís. O que a governadora fez até agora foi inaugurar obras deixadas pelo governador Jackson Lago e tirar proveito de programas do governo federal (como as UPAs), a exemplo também dos sorteios do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Prova de tamanha ingerência é o estádio Castelão e o ginásio Costa Rodrigues que continuam relegados ao descaso. Até os restaurantes populares foram desativados, bem como a Biblioteca Pública Benedito Leite que continua fechada. Como bem disse o ex-deputado federal Flávio Dino no debate da TV Mirante na eleição do ano passado, “o único trabalho da governadora é de cortar as fitas, pois todas as obras aqui no Maranhão são do governo federal”.

Dessa forma, pela falta de capacidade e preparo associado a falta de vontade e compromisso com o bem-estar da população, é que Roseana faz o pior governo da sua vida e também de todos os maranhenses. O que resta apenas é aguardar os 3 anos e 4 meses que faltam para finalizar a pior gestão que já passou pelo governo estadual.

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