Roberto Rocha descarta 2018 e se mantém aliado de Edivaldo
O Jornal Pequeno publicou na edição de domingo uma matéria de capa feita a partir de entrevista que o senador Roberto Rocha deu ao jornalista Itevaldo Junior. Abaixo, a íntegra:
1) O senhor acertou a filiação dos pré-candidatos a prefeito de São Luís (Eliziane Gama) e Imperatriz (Ildon Marques) diretamente com a direção nacional do PSB, sem conversar com os dirigentes?
Não acertei nada. A filiação é, antes de tudo, um ato de vontade política dos interessados. Ambos conversaram comigo, que sou um dirigente do partido, e com o dirigente maior da hierarquia partidária, que é o próprio presidente do PSB. Quem está tratando disso é a direção nacional. Aliás, com a janela aberta até o dia 18/03, todos os partidos, pelas suas direções nacionais, estão em busca de atrair deputados.
2) O senador acompanhou a deputada Eliziane Gama à reunião com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira?
Sim, com muito gosto. Fui convidado pelo Carlos Siqueira para uma reunião na manhã da última quarta-feira, não pude comparecer, e fui à tarde. Desta reunião, participaram a direção nacional do PSB, eu e a deputada Eliziane Gama.
3) A deputada Eliziane Gama disputou a eleição contra a chapa em que o senhor era o vice-prefeito em 2012, o senhor acha que a parlamentar tem perfil para ser prefeita de São Luís?
Eu e uma grande parcela da população de São Luís e do Maranhão achamos que se trata de um bom quadro da política, tanto que foi a deputada mais votada, tanto na capital, quanto no interior do estado. Cabe ao povo decidir se o perfil dela é adequado.
4) O senhor foi vice-prefeito de Edvaldo Holanda Júnior e hoje já não o apoia mais. Quais os motivos que levaram a deixar de apoiar o prefeito?
Quem disse a você que não apoio a administração do prefeito? Somente na semana passada aprovei projeto no Senado que garante mais de 50 milhões de reais à cidade de São Luís para aplicar na revitalização do centro histórico. Aprovei esse projeto em tempo recorde, numa verdadeira vigília que fiz nos gabinetes dos senadores, em especial junto à presidência da Casa.
5) Se o senhor não apoia mais o Edivaldo Holanda Júnior o que o faz manter o controle sobre duas secretarias na Prefeitura de São Luís?
Quem controla as secretarias da prefeitura não sou eu, nem você, é o prefeito, ele decide quem é secretário desse partido, de outro partido ou sem partido.
6) O senhor acha correto ocupar secretarias de um governo que o senhor já não apoia?
A premissa da pergunta é falsa. Agora, pergunte ao prefeito ou a quem você achar que deve também ser entrevistado, ou melhor dizendo, interrogado.
7) O senador tem articulado para assumir o controle do PSB no Maranhão?
Tenho feito críticas internas sobre a condução do partido. Não são críticas pessoais, são divergências de orientação política. Todos os partidos têm crescido no Maranhão, menos o PSB. E veja que quando dois quadros políticos de grande envergadura eleitoral procuram o partido, ainda somos questionados. Aliança não é adesão. O PSB pode se aliar a quem achar melhor, mas jamais irá aderir a ninguém!
8) O senhor se encontrou com o vice-presidente da CBF, Fernando Sarney para tratar da CPI da CPF no Senado proposta pelo senador Romário (PSB)?
Não!
9) O deputado estadual Bira do Pindaré afirmou recentemente que o senhor se recusa à atendê-lo para falar sobre 2016 em São Luís, esse fato ocorreu?
Há três dias conversei com ele por mais de duas horas em meu gabinete, que está aberto à toda classe política do Maranhão.
10) O senhor é ou não é pré-candidato a prefeito pelo PSB?
Não disputo indicação, mas o cargo que o povo do Maranhão me honrou me impõe essa condição.
11) O senhor aparenta ter alguma dificuldade em se posicionar sobre as eleições de 2016 em Imperatriz? O senhor considera justo desprezar aliados, como a Rosângela Curado (PDT), Marco Aurélio (PCdoB), para apoiar um nome umbilicalmente ligado a família Sarney?
Não tenho nenhuma dificuldade em apoiar um candidato do meu partido em qualquer município. Se a aliança de 2014 não tinha cláusula de compromisso para 2016, não cabe falar em desprezo. O partido é soberano para lançar candidatura própria, ou apoiar um desses dois candidatos citados. Você, que conhece bem os umbilicais caminhos da família Sarney, deve lembrar quem ela apoiou e quem ela fritou na última eleição em Imperatriz.
12) O senhor anunciou ou não anunciou à pré-candidatura de Rosi Vicentini a prefeita de Imperatriz?
– Anunciei, consegui espaço para ela fazer programa de Rádio e TV com Raimundo Cabeludo, mas ela não se interessou.
13) O senhor é candidato a governador do Maranhão em 2018?
– Não!!
14) O senador conhece Janice Maria Xavier de Carvalho Filgueira, proprietária da sua empresa J M Filgueira Confecções Ltda.?
– Não!
15) A empresa J M Filgueira Confecções Ltda. fez doação de R$ 60 mil para sua campanha de senador?
– Se fez, está na prestação de contas.
16) O senhor responde a algum inquérito na Polícia Federal?
– Não!
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