Em um vídeo publicado na internet em julho deste ano um preso que ouvia o indiciamento no Ministério Público da cidade de Limeira (SP) fez pouco caso com o trabalho do promotor e reclamou da viagem do presídio até a cidade. “Vocês me tiraram lá de Presidente Venceslau pra fazer 12 horas de viagem, para escutar esta palhaçada”, disse o detento sem sofrer nenhuma repreensão ou aviso do promotor que lia o indiciamento.

Nas imagens o homem também afirma ser membro da facção criminosa PCC e assume a autoria do crime que era acusado com desdenho e ainda conclui: “Vou mandar tiro mesmo, quero nem saber de nada não. Já tão processando já né”.

PCC

A facção criminosa Primeiro Comando da Capital, a maior e mais organizada do país hoje, foi criada por oito presos, em 31 de agosto de 1993, no Anexo da Casa de Custódia de Taubaté (130 km de SP), o Piranhão, tida naquela época como a prisão mais segura do Estado.

Na noite de 12 de maio de 2006, São Paulo vivenciou uma onda de ataques contra a força de segurança do Estado. Outras ações do tipo foram registradas nos primeiros meses de 2006, todas atribuídas à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).