Colunista diz que PT decidiu impedir reeleição de Sarney no Amapá
Carlos Chagas comenta na seu artigo de hoje, 25, que “já começaram as defecções nas sucessões estaduais, diante da inviabilidade de muitos acordos com o PT, a exemplo do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia, Maranhão e outros. Junte-se a decisão do PT de derrotar José Sarney, no Amapá, impedindo mais uma sua reeleição”.
Por Carlos Chagas
A crise vem em ondas, como o mar. Depois do líder Eduardo Cunha e da maior parte da bancada na Câmara, quem acabou de declarar guerra ao governo, no PMDB, foi o deputado Henrique Eduardo Alves. Seu rompimento com Dilma e o PT foi marcado por contundente entrevista aos jornais, ontem, quando anunciou a disposição de votar projetos nitidamente contrários aos interesses do palácio do Planalto. A coincidência é que no final de semana ele formalizou sua candidatura ao governo do Rio Grande do Norte. Uma iniciativa capaz de selar sua aliança com a bancada, pois abre as portas para a candidatura de Eduardo Cunha à presidência da Câmara.
É guerra mesmo, expressa na frustração da análise do deputado potiguar a respeito da participação do PMDB no ministério: antes, no governo Lula, o partido dispunha da Saúde, da Integração Nacional e das Comunicações, entre outras pastas, como expressões de pujança orçamentária. Agora, ficou com Turismo e Agricultura, além de Minas e Energia, Previdência Social e Aviação Civil.
Engana-se quem supuser o armistício por conta do renovado apoio do PMDB à reeleição da presidente Dilma. Esse será o último elo da cadeia a se desfazer, apesar dos esforços do vice-presidente Michel Temer. Antes, já começaram as defecções nas sucessões estaduais, diante da inviabilidade de muitos acordos com o PT, a exemplo do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia, Maranhão e outros. Junte-se a decisão do PT de derrotar José Sarney, no Amapá, impedindo mais uma sua reeleição.
Sempre será possível imaginar os peemedebistas fazendo jogo de cena para obter mais ministérios e espaços na administração federal, mas, pelo jeito, Dilma não parece disposta a maiores concessões, enquanto o tempo vai passado. Conclui-se estarem as relações entre eles onde se encontram há semanas: em estado de deterioração.
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