Redução das chances de Lula ser candidato faz PC do B discutir candidatura própria
O sol e a peneira No reflexo mais explícito do estrago que a ofensiva judicial fez às pretensões do ex-presidente Lula, o PC do B, parceiro histórico do PT em eleições nacionais, decidiu iniciar consulta aos seus dirigentes para buscar uma alternativa para 2018. A decisão foi tomada após uma série de reuniões ao longo da última semana. O depoimento de Antonio Palocci ao juiz Sergio Moro alastrou a sensação de que o petista não conseguirá ser candidato. E a sigla quer ter o próprio plano B até novembro.
Não é por mal Integrantes da legenda estão divididos sobre o movimento, mas ele foi deflagrado. Não haverá gesto hostil a Lula. Se ele puder concorrer, a aliança está assegurada — o problema, dizem, é que cada vez menos gente dentro e fora do PT acredita nessa possibilidade.
Erro de cálculo O recente ataque de Ciro Gomes (PDT-CE) a Lula foi um outro sintoma do movimento de desagregação da esquerda. Em revide, o PT afirma que, ao partir para cima do petista, o pré-candidato do PDT ao Planalto minou as chances de uma aliança caso o ex-presidente não possa ser candidato.
Chega para lá Integrantes de movimentos sociais ligados ao PT dizem que o gesto aumentou a rejeição a Ciro.
Esquenta Apesar de Palocci, Lula segue em agenda de candidato. Nesta semana, o PT formará uma comissão para definir detalhes da caravana de Lula por Minas Gerais, em outubro. (Folha de SP)
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