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Quem tem medo dos Sarney?

O senador José Sarney (Foto: Abinoan Santiago/G1)

O senador José Sarney (Foto: Abinoan Santiago/G1)

Editorial JP, por JM Cunha Santos

A medida de um líder político não pode ser sua capacidade de esconder ideias, omitir suas convicções, “ficar na moita” para se dar bem. Fica difícil acreditar em homens que não tem sequer a coragem de externar o que pensam quando o que pensam se mostra menos lucrativo. São esses cujo comportamento sinuoso os leva a jurar que o branco é azul quando têm a convicção de que é branco. Erasmo de Rotterdam descrevia bem esse tipo de potentado político, que, sem nenhuma vocação para operar mudanças positivas na sociedade, tanto tempo passam sem dizer o que realmente pensam que só conseguem pensar no que a seus cofres convém.

Depois da aprovação do prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma na Câmara, ouve-se muito na mídia sarneisista o projetar de males e desastres para o Maranhão e para o governador Flávio Dino, como se possível fosse fazer a esse Estado pior do que fizeram ao longo de meio século. O posicionamento corajoso, leal e ideológico do governador Flávio Dino deve é servir de alerta contra os políticos que, como camaleões cor de rosa, se adaptam às cores de qualquer ambiente. Essa, afinal, é a gênese mais escrota do fascismo.

As aves de mau agouro juram que Roseana Sarney será ministra, juram que nesse novo quadro vão vencer as eleições municipais nos grandes colégios eleitorais do Estado. Estão, de novo, sonhando com a fraude e a corrupção no que chamam de “alteração no cenário das forças políticas no Maranhão”, após a votação do impeachment na Câmara Federal. Sonhar, podem; o que não podem é esperar que uma ocasional substituição de Dilma Rousseff na Presidência da República mude os humores do eleitor maranhense (e brasileiro) para com os corruptos e corruptores. Roseana é investigada na Lava Jato, Lobão também, Sarney foi citado com alguns de seus ex-ministros, Ricardo foi conduzido e, até prova em contrário, quase todos nesse grupo estão sendo cozidos na mesma caçarola furada de Eduardo Cunha. Depois do que aconteceu no Brasil, eleição de corruptos será um fato raro, fantasmagórico, vampiresco, podem apostar. Os caça-fantasmas estão a postos.

Políticos sérios defendem ideias, não defendem contas secretas. Quem precisa se adequar a uma nova realidade, em que a corrupção está ferida de morte, não é o governador Flávio Dino, são estes que parecem não estar ouvindo o manifesto de revolta do povo brasileiro em cada estado, cada região. Incontestavelmente, o governador Flávio Dino é hoje uma liderança nacional, forjada na defesa de princípios e ideias e não no oportunismo explícito e despudorado que sempre foi marca registrada do grupo Sarney.

Em síntese, quem se indispõe com o Judiciário é quem dá trabalho para juiz e, no caso dos Sarney, é processo que não acaba mais. Não é o governador Flávio Dino que desde sua posse tem agido com Justiça para com os mais humildes do Maranhão. O povo que recebeu o Mais IDH, o Mais Asfalto, a agricultura familiar de volta, a incorporação de mais 1.500 policiais ao sistema de segurança, o concurso com 3 mil vagas para professores será o cabo eleitoral natural dos candidatos da coligação que elegeu Flávio Dino. Roseana e Lobão só poderão oferecer como interventores em favor de seus candidatos em 2016 Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, Delcídio do Amaral, Jorge Nurkin e Eduardo Cunha. Se já estiverem fora da prisão.

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