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Quem criminaliza a política?

A Polícia Federal cumpriu ontem mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos deputados Josimar de Maranhãozinho, Bosco Costa e Pastor Gil. A operação foi deflagrada por ordem de Ricardo Lewandowski, que poupou os gabinetes parlamentares da revista. No relatório que fundamentou a decisão do ministro, a PF diz que encontrou indícios de que a quadrilha liderada por Maranhãozinho usava um grupo armado para extorsões e saques de dinheiro de emendas parlamentares.

Segundo o Globo, um agiota chamado Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como Pacovan, emprestava recursos aos parlamentares e recebia os pagamentos por meio de saques em dinheiro vivo desviados de emendas parlamentares.

“O deputado federal Josimar Maranhãozinho é quem está à frente da estrutura criminosa, capitaneando não somente a destinação dos recursos públicos federais oriundos de emendas (próprias e de outros parlamentares comparsas) para os municípios, mas também orientando a cobrança (utilizando, inclusive, de estrutura operacional armada), ao exigir dos gestores municipais a devolução de parte dessas verbas”, afirma a PF.

O braço armado contaria com a participação de Abraão Nunes Martins Neto, ex-policial militar, que confirmou à PF atuar na cobrança de dívidas para Pacovan e que o agiota lhe solicitava que fosse “duro” nessa cobrança. “A PF apreendeu documentos e identificou emendas parlamentares no valor de cerca de R$ 5 milhões que teriam sido usados nos desvios“, diz o jornal.

No esquema de emendas, o deputado Bosco Costa, apesar de ser de Sergipe, destinou R$ 4 milhões para São José de Ribamar, no Maranhão. Em troca, o grupo recebeu de volta R$ 1 milhão, 25%.

Áudios e trocas de mensagens mostram a atuação de Maranhãozinho, gravado em seu gabinete contando maços de dinheiro — como revelou Crusoé.

“Deixa eu te falar, ontem eu fui atrás do homi lá do Ribamar. Tentei falar com ele, ele disse que só senta se for contigo. Entende? Ele só paga se for pra você. Ele só resolve as com você. (…) Eu não posso perder, entendeu? Que é 6 milhão. Entendeu? Vai dar um milhão e meio. Que ele tem pra me pagar. E aí e eu perder esse dinheiro? (…) Me diz aí. Qual é a minha situação? (…) É seis milhão e pouco. Vai dar quase um 1,6 milhão de devolução”, diz o áudio transcrito pelos investigadores.

Em nota, Maranhãozinho afirmou que contribui e colabora com as investigações “sem medo e sem restrição”. “Por essa razão, não consigo entender a espetacularização do ocorrido, que parecer ter sido orquestrado para gerarem grande e rápida repercussão na imprensa regional e nacional. Por isso me pergunto se o objetivo é apenas denegrir minha imagem na tentativa de me tirar da disputa eleitoral”, afirmou o deputado. O Antagonista

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