Que o equívoco e a injustiça não se repitam no Sampaio
É incontestável o trabalho consistente realizado no Sampaio pelo treinador Léo Condé. Mesmo com um elenco modesto, armou um bom time e está conseguindo, quase na reta final do Campeonato Brasileiro da Série B, dar esperanças ao torcedor boliviano e aos maranhenses de verem o nosso representante disputando a Série A em 2016.
Quando o Sampaio era comandado por Flávio Araújo, perdemos uma grande oportunidade de conseguir esse feito por erros pontuais cometidos pelo treinador, que muitas vezes escalava mal a equipe e processava substituições equivocadas. Tinha, no entanto, os seus méritos. O Sampaio fez grande campanha sob o seu comando e não fossem esses equívocos não teríamos empatado tantos jogos ‘dentro de casa’, razão maior da não ascensão boliviana à Série A.
Léo Condé faz um excelente trabalho, mas precisa ter cuidado com alguns equívocos pontuais. E um deles, a nosso ver, está na lateral esquerda, onde ele opta por William Simões quando tem um grande jogador na posição. Quando Simões teve que ser afastado por lesão, Raí ocupou a lateral e fez duas excelentes partidas contra o Bragantino e CRB, sendo um dos principais jogadores da equipe nos dois confrontos, com jogadas sensacionais e decisivas até. (alguma dúvida, é só recorrer aos tapes dos jogos). Com a recuperação de William Simões, em vez de mantê-lo no banco e colocá-lo em caso de uma eventual atuação fraca de Raí, o que fez Léo Condé? Sacou Raí, que vinha em ascensão, jogando muito bem, e voltou William Simões. Além de injusta, uma decisão equivocada; afinal, a teoria de Condé, de que William é mais marcador, cai por terra com os dois lances capitais, contra América MG e Bahia, em que William Simões levou dois ‘passeios’ que resultaram em gols importantes para os adversários.
Espera-se que não cometa o mesmo equívoco e a mesma injustiça no próximo sábado, diante do Santa Cruz. O atacante Edgar está em franca ascensão, jogando muito bem e se constituindo num dos principais jogadores do Sampaio nas últimas partidas. Contra o Bahia, apesar do gol desperdiçado, ‘matou a pau’. Com a recuperação de Pimentinha, é natural que a dúvida paire na cabeça do treinador. No entanto, tirar Edgar do time agora é a repetição do erro que fez com Raí. Melhor, então, que mantenha no banco o atacante que vem de lesão e continue com Edgar. Na eventualidade de uma atuação de Edgar que não corresponda à expectativa, aí, sim, chama Pimentinha e substitui. Nada mais coerente e justo. (Jornal Pequeno)
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