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PT pede que CNJ impeça Sergio Moro de assumir Ministério da Justiça

Um grupo de três deputados e seis senadores do PT apresentou uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o juiz federal Sergio Moro . Eles solicitam que o magistrado seja impedido de assumir qualquer outro cargo público. Caso o pedido seja aceito, isso impedirá Moro de assumir o cargo de ministro da Justiça no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro . Os parlamentares acusam Moro e Bolsonaro de “troca de favores”, e dizem que o juiz age com parcialidade “gritante” a fim de prejudicar o PT.

Os deputados e senadores citam declaração do vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, de que Moro e Bolsonaro tinham entrado em contato ainda durante a campanha. Para os parlamentares do PT, que já tinham apresentado outra representação contra Moro no CNJ dizendo que ele interferiu no processo eleitoral, a entrevista de Mourão reforça a acusação. Isso porque, faltando poucos dias para o primeiro turno da eleição, o juiz liberou parte da delação do ex-ministro Antonio Palocci com acusações contra o ex-presidente Luiz  Inácio Lula da Silva e o PT. Isso teria beneficiado a candidatura de Bolsonaro.

Responsável pelos processos da Lava-Jato na primeira instância, Moro está deixando a magistratura para assumir o cargo de ministro da Justiça. Foi Moro quem condenou Lula na ação penal do triplex do Guarujá, processo que acabou levando-o à prisão.

“A imparcialidade do juiz é uma garantia de justiça para as partes. Imparcial é o juiz que não tenha interesse no objeto do processo nem queira favorecer uma das partes. O convite feito durante a campanha eleitoral e divulgado agora não permite dúvida de que o juiz Sérgio Moro abriu mão de sua imparcialidade durante o processo eleitoral para privilegiar a parte em disputa que lhe interessava, em uma atuação que, além de criminosa, é partidária e eleitoreira”, diz trecho da representação dos parlamentares do PT.

Como outra mostra da parcialidade do juiz, eles também relembram o episódio ocorrido em 2016 quando Moro divulgou interceptações telefônicas entre Lula e a então presidente Dilma Rousseff. Essas ligações, que deram força ao movimento pelo impeachment de Dilma, foram posteriormente invalidadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). (O  Globo)

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