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Projeto Sabores da Vida propõe novo olhar sobre a infância das crianças com deficiência

“Inclusão é sair das escolas dos diferentes e promover a escola das diferenças”. A definição é de Maria Tereza Martoan e inspira uma iniciativa que busca a partir da geração de renda própria, da fotografia da inclusão e do brincar inclusivo, promover a inclusão social de crianças e adolescentes com qualquer tipo de deficiência, um olhar igualitário de amor e sensibilidade para com famílias com necessidades especiais, o Projeto Sabores da Vida.

Uma tarde especial que aconteceu na última sexta-feira (30), na Oficina de Arte do Hospital Nina Rodrigues, uma ação do Projeto Sabores da Vida que reúne crianças e jovens com diferentes deficiências promovido pela Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão (SES), a ocasião contou com a presença do secretário Carlos Lula.

“Ao superarmos as consultas especializadas que já são realizadas em cada unidade, compreendemos que estas famílias dedicam seu tempo integral e suas vidas as necessidades especiais destas crianças e adolescentes e que podemos ampliar esse cuidado, ao incluí-las em oficinas realizadas pela monitora Vó Lourdes e promover atividades em espaços públicos poucos frequentados pelas limitações de locomoção. Com o projeto aprimoramos as atividades diárias e incentivamos a gerar renda dentro de seu lar, local aonde podem cuidar de seus filhos e ao mesmo tempo se sentirem integrados a sociedade de maneira positiva”, declarou Ruy Cruz, Diretor do Hospital Nina Rodrigues.

O projeto é desenvolvido para famílias com filhos portadores de deficiências, um apoio criativo ajudando a criança e o adolescente a fazer o que as outras fazem tornando o seu desempenho mais dinâmico. Com as atividades desenvolvidas no projeto a criança deficiente é estimulada a participar de um jeito diferente interagindo com a música, a arte, a pintura e diversas brincadeiras.

Gilmara Muniz, mãe de Caio, diagnosticado com paralisia cerebral, participou do evento “O projeto mostra para a sociedade que eles não são apenas crianças com deficiências. Primeiro eles são crianças com direito e vontade de brincar. Além de me proporcionar um curso de culinária com a apaixonante Vovó Lourdes, conheci várias outras mães. Estou em estado de graça pela oportunidade deste momento com meu filho, só posso agradecer ao governador Flávio Dino por este olhar de esperança para nós mães”, defende ela.

Para Laércia Baldez o grande mérito da iniciativa é a visibilidade e o fato de a fotografia representar o olhar a essas crianças. “Minha filha nunca antes teve um book fotográfico porque ela não fixa o olhar, a cabeça pende e não tem controle de tronco. E de forma incrível fui presenteada com lindas fotos da minha filha, com toda a paciência e dedicação da tia Carol e do tio Alberto que formam perfeitos. Todas as ações desse projeto têm transformado a minha vida, e estou aumentando minha renda com todas as receitas que aprendi”, afirma.

“Se toda mãe precisa de colo, mães com filhos deficientes precisam de mais colo ainda, além delas lidarem com todas as dificuldades da maternidade, elas também tem que lidar com as dificuldades da deficiência do seu filho. E estamos desenvolvendo o acolhimentos destas famílias, buscando fazer um trabalho voltado para a estimulação, o aprendizado e geração de renda própria. A diferenças das crianças especiais para as “normais” são as limitações. Elas têm todo o direito, como qualquer criança, a estar em um parque, a brincar ao ar livre, a circular pelos locais públicos. E para garantirmos o seu direito, é preciso ocupar estes espaços e mostrar na prática, a necessidade da acessibilidade”, declarou a publicitária Carol Freire.

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