PRF prendeu 7 manifestantes infiltrados no Maranhão por obstrução de rodovia – nenhum era caminhoneiro
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, disse hoje que as forças federais prenderam sete manifestantes no Maranhão que estavam obstruindo as rodovias do país. Desde ontem, o governo federal tem atribuído a pessoas infiltradas entre os caminhoneiros a dificuldade para encerrar a greve, que entrou no nono dia nesta terça-feira.
“Tivemos a prisão de sete manifestantes do Maranhão por bloqueios e ações criminosas contra comboios”, afirmou Etchegoyen.
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, diz que o perfil dos presos no Maranhão mostra que são os infiltrados que estão impedindo a greve de acabar por completo no país. “Houve uso da força para desobstrução com sete presos. Nenhum dos presos é caminhoneiro, são pessoas que resistem de forma mais obstinada. Os caminhoneiros estavam na boleia dos caminhões, tentando ultrapassar os bloqueios. Existe infiltração indevida no movimento.”
“O que sei é que existem forças indevidas e oportunistas que estão fazendo os caminhoneiros de reféns. Tem lugares onde tem gente levantando a blusa e mostrando arma. Quem está agindo fora da lei tem que sofrer com os rigores da lei”, diz
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que existem muitos caminhoneiros querendo voltar às atividades, mas que são impedidos por esses infiltrados. “Essas manifestações acontecem, principalmente, nos perímetros urbanos. Tem caminhoneiro parado, querendo voltar, mas que são constrangidos a ficar.”
No começo da entrevista, os ministros chegaram a citar a forma como os infiltrados agem, principalmente por mensagens de WhatsApp. Marun chegou a citar três grupos de WhatsApp especificamente: Fora Temer!, Lula Livre! e Intervenção Já!.
Segundo Marun, a democracia existe inclusive para proteger os que se manifestam contra ela. “Pode existir grupos desse tipo? Pode! O que não pode é trancar estrada e provocar desabastecimento. Isso é crime”, afirmou o ministro.
Abastecimento
Padilha disse que o retorno do abastecimento ainda está aquém do desejado. “Ainda temos muito o que andar para falar em normalidade. Estamos retomando progressivamente, mas ainda está longe do que necessitamos.”
Segundo ele, comboios das forças federais estão escoltando medicamentes, ração, combustíveis. “Procuramos chegar rumo ao que seja uma normalização.”
“Só a Receita Federal já escoltou o transporte de 18 milhões de litros de combustível em todo o pais”, afirmou Etchegoyen.
De acordo com ele, a Polícia Rodoviária Federal fez a escolta de 1.129 carretas. “O volume de carga transportada dobrou de ontem para hoje, o que dá para dar uma noção do retorno dos caminhões.”
Padilha disse que não há mais bloqueios de estradas no país. “O que há são pontos de concentração, onde estão Exército, Guarda Nacional. “Hoje ainda temos pontos com manifestações, com alguns caminhões colocados”, afirmou Etchegoyen. (Veja)
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