Portaria editada por Flávio Dino pode barrar Anderson Torres em secretaria de governo do DF
Uma portaria publicada nesta quinta-feira (5) pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, tem potencial para impedir a nomeação de seu antecessor, Anderson Torres, como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
O documento proíbe que servidores vinculados ao Ministério da Justiça que estejam respondendo a processo administrativo disciplinar, inquérito policial, ação penal ou por improbidade administrativa sejam cedidos a outros órgãos da administração pública.
Torres foi nomeado chefe da Segurança Pública do Distrito Federal no dia 2 de janeiro, um dia depois da posse do governador Ibaneis Rocha (MDB). No entanto, como é policial federal, precisa do aval do Ministério da Justiça para assumir o cargo. Esta é a segunda vez que ele é indicado ao posto.
O ex-ministro responde a dois processos, um pelo vazamento do inquérito sigiloso da Polícia Federal sobre invasão ao sistema eleitoral em 2018 e outro por ter participado de uma live, com ex-presidente Jair Bolsonaro, em que a segurança das urnas eletrônicas é questionada.
Torres é advogado e delegado da Polícia Federal (PF), tem especialização em ciência policial, investigação criminal e inteligência estratégica pela Escola Superior de Guerra (ESG). Na PF, coordenou investigações voltadas ao combate ao crime organizado, na superintendência em Roraima, e atuou em operações na reserva indígena Raposa Serra do Sol.
Foi nomeado por Bolsonaro para o Ministério da Justiça em março de 2021. No último dia como ministro, 31 de dezembro, Torres agradeceu ao ex-presidente pela “confiança” em nomeá-lo para comandar o ministério.
“Sempre zelamos pela justiça e pela segurança pública da população. Nosso objetivo sempre foi um futuro melhor para o nosso Brasil, e seguimos trabalhando para isso.”
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