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Policiais e Bombeiros pararam nesta terça; deputados assumem negociações da greve

Conforme decidido nesta segunda-feira, os Policiais Militares e Bombeiros deflagram greve desde as primeiras horas desta terça-feira (8). O Comando de Paralisação da PMMA, composto de 17 das Associações Militares, decidiu em Assembleia Geral que paralisaria as suas atividades operacionais e administrativas a partir de hoje, pois, após quase um ano de negociações sem sucessos os milicianos chegaram ao limite do diálogo.

Logo pela manhã milhares de militares se concentraram em frente a Assembleia Legislativa do Maranhão. Várias viaturas se amontoaram na sede do Poder Legislativo maranhense.

Vale lembrar que em todas as negociações as Associações e associados militares se portaram ordeiramente, mas foram enganados pelo Secretário de Segurança, Aluísio Mendes, que inclusive em represália ao movimento reivindicatório transferiu vários oficiais e praças da PMMA para o interior do estado, além de descumprir ordens judiciais, assim como o caso do Major Ismael que desde o ano passado ganhou o direito de ser promovido o posto de Coronel, mas o secretário após perseguições desenfreadas e aceitas pelo comando da PMMA, insiste em descumprir a ordem judicial que já foi transitado em julgado no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

As categorias estão insatisfeitas com algumas iniciativas do governo estadual, a exemplo da não inclusão das reposições das perdas salariais dos militares no orçamento para o ano de 2012, enviado à Assembleia Legislativa. As duas classes querem saber o porquê de o orçamento para o ano de 2012 ter sido enviado para a Assembleia Legislativa sem contemplar as reposições das perdas salariais dos PMs e bombeiros (sem reajuste desde o ano de 2009, que está no índice de 30%), fato que ocasionou a perda nos vencimentos de R$ 12.272 para coronel e de R$ 2.945,28 para soldado.

Outro ponto questionado é o fato de o governo não está cumprindo a decisão judicial para o escalonamento vertical, já tramitado e julgado, a revogação do Regulamento disciplinar atual e arcaico (ainda do tempo da ditadura) para ser substituído pelo Projeto do Capitão Trinta Junior, que lidera a greve em Barra do Corda, (Novo Código de Ética Militar), mais humanizado, além de melhores condições de trabalho, mais viaturas, equipamentos individuais adequados, armamentos e munições em dia, bem como mais policiamento e concursos para PMs e bombeiros, abertura dos quadros de promoções e nova lei de jornada definida de 40 horas semanais de serviço.

Segundo o comando do movimento “nós iríamos apenas fazer a operação padrão, mas, infelizmente a negligência do Senhor Aluísio Mendes e a falta de consideração com a Polícia Militar por parte da Governadora, após discriminá-la ante as demais polícias decidimos entrar em greve”. “Esperamos a compreensão da sociedade, já que é para o bem de todos ter a PM bem paga e tratada com dignidade. Como um policial vai tratar a sociedade com respeito se este mesmo policial é tratado como escravo do estado?”, replicou.

Reunião pode suspender greve

Terminou agora a reunião do presidente da Assembléia Arnaldo Melo, com os deputados líderes de blocos parlamentares e os representantes dos PMs e Bombeiros. Os deputados assumiram as negociações com o Governo do Estado. Comprometeram-se nos seguintes pontos:

– Apresentar até o dia 23, uma proposta de reajuste.

– Parar a tramitação do Orçamento do Estado que se encontra na Assembléia até que seja apresentada uma proposta para a causa dos Militares;

– Propor a equiparação dos vencimentos com a dos Policiais Civis;

– Indicar ao Comando Geral da PM e Bombeiros que não puna nenhum dos líderes do movimento grevista

Ao final da reunião, os Policiais Militares decidiram pela suspensão da greve até o dia 23. A proposta vai ser levada para uma assembléia geral a ser realizada em poucos instantes. Os policiais que estão à frente do movimento, com a garantia da reserva dos nomes, podem enviar informações ao blog pelos contatos: [email protected] e [email protected] ou ainda pelo telefone (98) 8811-9540.

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