PT e PSB estabelecem 15 de junho como prazo final para zerar pendências nos estados
Em reunião nesta terça-feira com as presenças do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidatos a presidente e a vice, as direções do PT e do PSB acertaram a data de 15 de junho como prazo final para superarem os impasses entre os dois partidos nas disputas estaduais.
As alianças entre as duas siglas têm pendências em estados como São Paulo, Rio, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Espírito Santo. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse após o encontro que o objetivo é chegar a um acordo em todos estados.
— Achamos que isso tem de ser de forma sistêmica e integrada. Não tem como resolver um estado e não resolver outro. Porque nós queremos estar juntos em todos os estados — afirmou a petista.
Lula e Alckmin não devem se envolver diretamente nas conversas para viabilizar os acordos.
— Quem está com a delegação para resolver isso são os presidentes de PT e PSB. O que eles querem é ser liberados para fazer a pré-campanha.
A principal aposta do PT é garantir uma unidade em São Paulo. O PSB tem como pré-candidato no estado o ex-governador Márcio França, enquanto os petistas apostam no ex-prefeito Fernando Haddad, que lidera as pesquisas.
— Eu pessoalmente nunca defendi a ideia de pesquisa. Nós apoiamos candidatos do PT onde o PT não está em primeiro lugar. Temos que ver o que é importante politicamente para fortalecer a nossa unidade — disse Siqueira, citando o pré-candidato do PT ao governo da Bahia, Jerônimo Rodrigues.
As divisões nos estados criam problemas para as viagens de Lula e Alckmin pelo país. Na quarta-feira, por exemplo, os pré-candidatos a presidente e a vice participarão de um ato no Rio Grande do Sul, onde PT e PSB possuem pré-candidatos. O petista Edegar Pretto irá. Já Beto Albuquerque, do PSB, não.
Na sexta-feira, a dupla visitaria Santa Catarina, outro estado onde há impasse entre os partidos. A viagem, porém, foi cancelada. No estado, o pré-candidato do PSB a governador é o senador Dário Berger. Já os petistas apostam em Décio Lima.
No Rio, o PT acertou o apoio a Marcelo Freixo (PSB), mas há um impasse por causa da vaga ao Senado. O deputado Alessandro Molon (PSB) almeja o posto. Já os petistas querem a candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano, e ameaçam rever o apoio a Freixo.
Há ainda pendências no Espírito Santo com as pré-candidaturas do atual governador, Renato Casagrande (PSB), e do senador Fabiano Contarato (PT).
— Achamos que o PT será também um pouco generoso em compreender a situação do PSB e a gente chegar a um acordo em vários lugares — afirmou Siqueira. (O Globo)
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