PF investiga propina a Lobão por obras de Angra 3
A Operação Pripyat foi desencadeada nesta quarta-feira por suspeita de que as obras de Angra 3 só foram viabilizadas mediante propina paga por empresários a dirigentes de estatais e políticos ligados ao PMDB e ao PT.
Três executivos da Andrade Gutierrez, uma das empreiteiras envolvidas na construção da usina nuclear, fizeram delação premiada em que detalham os subornos. Conforme esses executivos (Flávio Barra, Flávio Gomes Machado Filho e Clóvis Peixoto Primo), o ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão e o senador e ex-ministro do Planejamento Romero Jucá, ambos do PMDB, exigiram propina de 3% nos contratos de Angra 3. Já 1% teria sido destinado ao PT via o ex-tesoureiro João Vaccari Neto.
Em outra delação, Ricardo Pessoa, da UTC, afirma que houve pedidos de doação de campanha feitos por Jucá e por Renan Calheiros (presidente do Senado) e que se enquadrariam num pedido de propina feito por Lobão. A acusação é negada pelos três. O depoimento referente a Jucá e Calheiros tramita em Brasília, no STF, porque o ex-ministro e o senador têm foro privilegiado (especial). Já o de Lobão corre na 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro.
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